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31/01/2023


LIÇÃO 06 - O AVIVAMENTO NO MINISTÉRIO DE PEDRO - 1º TRIMESTRE 2023 (At 2.14-24)


 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos sobre um dos mais controversos discípulos de Cristo, chamado Simão Pedro; faremos algumas considerações gerais sobre sua vida, destacando a sua necessidade urgente de um avivamento; pontuaremos também, as ações do Senhor Jesus para a sua restauração; e por fim, elencaremos alguns eventos que mostram o aviamento no ministério do apóstolo Pedro.

I – CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O APÓSTOLO PEDRO

Sua origem.

Originalmente chamado de Simão, era filho de João (Jo 1.42) e irmão de André (Mt 4.18; Jo 6.8). Pedro era casado e sua esposa o acompanhou em suas viagens (Mt 8.14; 1Co 9.5). Antes de ser chamado por Jesus, trabalhava com seu pai como pescador (Mc 1.16-20). Pedro não fora educado religiosamente e possuía forte sotaque da região da Galiléia (Mt 26.33). Era, portanto, considerado como leigo e sem estudos pelos líderes judaicos de Jerusalém (At 4.13).

Sua chamada.

Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, não porque tenha sido o primeiro a ser chamado, mas, devido ao fato de ser líder entre os discípulos. Em Mateus 10.2 lemos: “O primeiro, Simão, chamado Pedro” (também em Mc 3.16; Lc 6.14). Fazia parte do círculo mais íntimo dos discípulos de Cristo, no qual encontravam-se também Tiago e João (Mc 5.37; 9.2; 13.3; Lc 8.51).

II – PEDRO E A NECESSIDADE URGENTE DE UM AVIVAMENTO

Instabilidade.

Pedro era um discípulo dedicado, que buscava exercitar a fé, embora demonstrasse um pouco de volubilidade, como revelou o incidente em que Jesus andou sobre a água (Mt 14.28-31). O mesmo Pedro que diz: “Tu és o Cristo, o filho do Deus Vivo”, no mesmo capítulo chama Jesus à parte e repreende-o pôr o mestre está falando sobre sua morte e ressurreição (Mt 16.22). Antes havia recebido um elogio (Mt 16.18), agora, uma repreensão (Mt 16.23). Questionou sobre o perdão e foi advertido a respeito do que aconteceria com o discípulo que não perdoasse e a tortura que experimentaria (Mt 18.21-35). Foi rápido ao lembrar a Jesus que os discípulos abandonaram tudo para segui-lo e recebeu a promessa de que os doze se sentariam em tronos para julgar Israel (Mt 19.27-30; Mc 10.28; Lc 18.28). Inicialmente não permitiu que Jesus lavasse seus pés e depois pediu que banhasse também suas mãos e sua cabeça, como sinal de limpeza (Jo 13.6-10).

Autossuficiência.

Pedro se achava forte demais, que ele era uma rocha, mas na verdade era pó. Apesar da séria advertência da sua fragilidade espiritual revelada pelo Senhor Jesus: “Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos” (Lc 22.31,32), demonstra autossuficiência diante do que o Senhor tinha dito a respeito de todos os discípulos (Mt 26.31), Pedro de forma arrogante responde: “[...] ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei” (Mt 26.33). Em lugar de ser humilde, Pedro se projeta acima dos demais, insinuando ser mais leal do que seus pares: “[...] ainda que todos se escandalizem, nunca, porém, eu” (Mc 14.29). Confiar em se mesmo é insensatez, é o primeiro passo para a queda espiritual (Pv 16.18).

Apatia.

Num momento decisivo do ministério do Senhor Jesus, no jardim do Getsêmani, seria travada naquela noite, a batalha mais renhida da história da humanidade. Jesus estava a horas de sua crucificação; nesse momento, o Senhor leva consigo, Pedro, Tiago e João. A pressão espiritual era muito grande, uma angustia indescritível veio sobre Jesus (Mt 26.37- 39). Em meio a esse contexto, onde Jesus precisava por parte de seus discípulos, de empatia; como estava Pedro? O que tinha dito que jamais abandonaria Jesus? Na hora mais decisiva, Pedro se esqueceu da promessa que tinha feito: “E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo? (Mt 26.40). Enquanto Jesus chorava e orava, Pedro dormia; por três vezes, Jesus vai acordá-lo, mas ele insiste em dormir; o sono da fuga, da negligência, da apatia (Mt 26.43). A insensibilidade, é um indicativo de um urgente avivamento (Ef 5.14).

Covardia.

A despeito de sua valentia carnal demonstrada por mais de uma vez durante os três anos que caminhou ao lado do mestre; como no momento da prisão de Cristo, numa atitude impetuosa, cortou a orelha de Malco, empregado do sumo sacerdote (Jo 18.10), naquela mesma noite que Jesus fora preso, os discípulos fogem covardemente, inclusive Pedro (Mc 14.50). Pedro que tinha prometido a Jesus ir com ele para prisão e até à morte, se distanciou e seguiu o Senhor de longe, para poupar a si mesmo (Mt 26.58); sua covardia é acentuada, ao negar a Jesus abertamente, por mais de uma vez (Mt 26.69,70,73,74). Diante de tal ato, expressão máxima do declínio espiritual (Lc 12.9), Pedro ouve o cantar do galo (Mt 26.74,75) e se depara com o olhar do Senhor Jesus (Lc 22.60-62), o que o fez lembrar do que Cristo tinha falado e saiu a chorar amargamente (Mt 26.75; Mc 14.72).

III – PEDRO, ALVO DE UM AVIVAMENTO

A gravidade da negação de Pedro, fez com que ele chorasse amargamente. De acordo com Lopes, a palavra grega usada para “amargamente”, tem o significado de “água podre”. Pedro, porém, diferente de Judas, não engoliu o veneno. Sempre há esperança de restauração para os que choram o choro do arrependimento.

A vida de Pedro foi restaurada.

Diante do túmulo vazio, as mulheres receberam instruções de dizer aos discípulos e a Pedro que veriam Jesus na Galiléia. Mas há uma menção especial a Pedro: “[...]dizei a seus discípulos e a Pedro [...]” (Mc 16.7). Isso, não porque Pedro fosse um discípulo mais importante do que os outros, mas porque Pedro deveria estar se sentindo excluído, por ter tido a queda mais vexatória. O que pode ser percebido pelo fato de ter decido voltar à vida velha de pescador de onde o Senhor o havia tirado (Jo 21.3; Lc 5.10,11). Pedro havia desistido de tudo, mas Jesus não havia desistido dele. O Senhor o trata como filho (Jo 21.5); preocupa-se com o seu bem estar físico (Jo 21.5); recria um cenário familiar para a restaurar a auto estima (Jo 21.6); estabelece a comunhão e compartilhamento (Jo 21.9,13) era o cenário da plena restauração, uma vez que: “[...] onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Rm 5.20).

O ministério de Pedro foi restaurado.

Depois da refeição, Cristo questionou Pedro sobre o nível de seu amor por ele, por três vezes; Para cada vez que Pedro negou, Jesus lhe deu a oportunidade de reafirmar seu amor.: “Pedro [...] você me ama mais do que estes outros me amam?” (Jo 21.15 - NAA). Pedro confirma seu amor a Jesus, e recebe dele restauração plena e comissão imediata: “[...] apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.17). Está claro que Jesus restaurou não apenas a vida de Pedro, mas também seu ministério. A exigência para Pedro voltar à lide pastoral é amar a Jesus, o dono do rebanho. Ao ser chamado pela primeira vez da sua ocupação de pescador para ser seguidor de Jesus, foi-lhe dito que dali em diante ele seria pescador de homens (Lc 5.10; Mc 1.17). Agora, ao anzol ou rede do pescador, é acrescentado o cajado de pastor. Pedro aprendeu algumas lições importantes durante essa difícil experiência. Aprendeu a prestar atenção à Palavra, vigiar, orar e não confiar em suas próprias forças (1Pd 5.8).

IV – O AVIVAMENTO EVIDENCIADO NO MINISTÉRIO DE PEDRO

No dia de Pentecostes.

Logo após a ascensão de Jesus aos céus, em obediência à ordem do mestre (Lc 24.49), os discípulos voltaram do monte das Oliveiras para o cenáculo (At 1.12), onde iniciaram uma reunião de oração; entre os que ali estavam, o primeiro da lista era Pedro (At 1.13). Pedro havia sido o líder do grupo antes de sua queda e seguiu sendo após a sua restauração. A propósito, a inciativa na substituição de Judas, parte dele (At 1.15-26). Ao receber a promessa do batismo no Espírito Santo, ele também se levanta ousadamente para dar testemunho público da experiência pentecostal (At 2.14-36), resultando na conversão de quase três mil pessoas (At 2.41). O Pentecostes foi um divisor na história de Pedro.

Diante do sinédrio.

A vida de oração se tornou prioridade na vida de Pedro (At 3.1), e como resultado do seu compromisso, passa a ter uma vida operosa (At 3.6-8), Deus por meio dele operou muitas maravilhas (At 5.1-11; 8.14-17; 9.32-42). O Pedro que antes negligenciava na vida de oração, agora entende a sua devida importância (At 1.14; 4.31; 6.4). Quando Pedro e João foram presos sob acusação de perturbar a ordem pública, foi Pedro quem fez o discurso de defesa perante o sinédrio (At 4.8-12); com ousadia e intrepidez, a ponto de ser reconhecida pelos próprios opositores: “Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados de que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus” (At 4.13). O mesmo Pedro que antes negara a Jesus diante de uma criada, enfrenta agora com inabalável coragem, a cúpula religiosa dos Judeus e segue triunfantemente em meio as perseguições (Atos 4.25-31).

No primeiro concílio.

O apóstolo deu importante contribuição, lembrando aos presentes que, há muito, ele havia sido escolhido para também anunciar a salvação aos gentios (At 15.7). Decerto se referia ao episódio ocorrido na casa de Cornélio, cerca de dez anos antes. Pedro defendeu o nivelamento entre judeus e gentios, bem como a salvação pela fé e não pelas obras da lei: “e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando o coração pela fé” (At 15.9). Ele também denunciou a incoerência dos judaizantes, que, sendo judeus, viviam como gentios, e queriam que os gentios vivessem como judeus (At 15.10).

CONCLUSÃO

A biografia do apóstolo Pedro é um clássico exemplo do que Deus é capaz de fazer na vida de uma pessoa, que apesar das suas fragilidades e declínio espiritual, mas, ao se permitir ser trabalhad bo pela ação do Espírito Santo, pode desfrutar de uma vida cheia da presença do Senhor, desfrutando de um ministério frutífero para a glória de Deus.

REFERÊNCIAS

  • BRUCE, F.F. Estudos do Cristianismo não-Paulino. SHEDD.

  • GARNDER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA ACADÊMICA.

  • LOPES, Dias. Herndandes. Pedro: Pescador de Homens. HAGNOS.

  • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

  • IEADPe - Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

20/01/2023


                              O PODER DE INFLUÊNCIA DO FERMENTO

 



E contou-lhes ainda outra parábola:

"O Reino dos céus é como o fermento que uma mulher tomou e misturou com uma grande quantidade de farinha, e toda a massa ficou fermentada" Mt 13:33.(NVI)


O Fermento é, normalmente, considerado nas Escrituras, tipo da presença do mal ou da impureza. Ele fermenta, desintegra ou corrompe. (Ex 12.19; 13.6-8; Lv 2.11; 6.17; Dt 16.3,4; Am 4.4,5).


  • Comam pão sem fermento durante os sete dias; não haja nada fermentado entre vocês, nem fermento algum dentro do seu território. Êx 13:7

    Durante a semana da Páscoa, o fermento e qualquer coisa fermentada tinha que ser removida dos lares dos israelitas. Noutras palavras, nada que continha fermento devia ser encontrado entre eles, hipótese alguma.Todos os alimentos da Páscoa deviam enquadrar-se nessa ordenança divina referente à levedura ou a fermentação. A razão principal dessa proibição seguramente está no ensino bíblico onde a fermentação e as coisas fermentadas simbolizam a corrupção, o mal e a impureza moral

    Note, também, que a lei de Moisés não requeria o uso do vinho, fermentado ou não, durante a semana da Páscoa. Entretanto fosse qual fosse o alimento ou vinho usado, os israelitas tinham que atender a essa proibição de não terem levedura nem fermentação na Páscoa (12.20). Uma vez que esse evento prefigurava o perfeito sacrifício de sangue consumado por Cristo. Conclui-se que não devia haver deturpação naquilo que simbolizava o sangue de Cristo.

No NT, o fermento é empregado para representar o falso ensino dos fariseus, saduceus e dos herodianos (Mt 16.6,12; Mc 8.15). Em 1 Co 5.6-8, o fermento representa a “maldade e malícia”, em contraste com a sinceridade e verdade (Gl 5.9). Por isso, muitos entende que essa parábola refere-se a doutrinas falsas e malignas e à injustiça, que se alojam no atual reino visível de Deus.

Esse fermento do mal espalhar-se-á em todos os setores da obra de Deus.

  1. No modernismo, no liberalismo religioso e na Teologia da Libertação, que exaltam o raciocínio humano acima da autoridade das Escrituras (Mt 22.29).

  2. No mundanismo e práticas imorais permitidos por certas igrejas e seus líderes. (Ap 2.20).

  3. Na busca da fama ou do poder dentro da igreja, por homens que se preocupam mais com suas próprias ambições do que com a glória de Deus (Mt 2.30.

  4. Nas falsas doutrinas (Gl 1.9)

  5. Nos falsos Mestres (Mt24.11,24).

  6. Nos crsitãos nominais que nunca nasceram de novo (Jd 12-19).

Perto do fim da presente era, esses males se infiltrarão na Obra de Deus, através das denominações, das igrejas locais, dos institutos bíbicos, das faculdades de teologia, dos seminários, e dos ministérios – todos liberais, até o ponto de o evangelho apostólico do NT e a vida santificada serem coisas raras de se ver (Lc 18.8; Gl 1.9; 1Tm 4.1; Ap 2 e 3).

Todo cristão deve tomar cuidado para que o fermento do mal não aafete sua vida. O Segredo da vitória contra isso consiste:

  1. Em sempre olhar para Jesus com fé (Hb 12.2,15; Tt 2.13);

  2. Em desprezar as coisas do mundo (1Jo 2.15-17; Tg 1.27);

  3. Em permanecer na Palavra de Deus (Jo 15.7; Tg 1.21);

  4. Em aguardar a volta de Cristo (12.35-40);

  5. Em constantemente ouvir e obedecer a voz do Espírito Santo (Rm 8.12-14; Gl 5.16-18);

  6. Em estar disposto a sofrer com Cristo (Rm 8.17); e por Cristo (Fp 1.29);

  7. Em lutar contra todas as formas do mal (1Co 10.6; 1Ts 5.15; 1Pe 3.11);

  8. Em defender o evangelho (Fp 1.17);

  9. Em revestir-se de toda armadura de Deus (Ef 6.11-18).


Conclusão

Não é possível que o fermento represente em uma passagem uma coisa boa e em outra uma coisa m´. Por conseguinte, a nossa interpretação da parábola do fermento é que a “mulher” (a falsa religião) introduz, não o Evangelho, mas sim uma doutrina adulterada no meio dos homens. Foi isso mesmo que aconteceu nos séculos posteriores, quando a igreja tornou-se o que vemos hoje na igreja Católica Romana, cheia de invencioníces como mariolatria, a adoração aos santos, o celibato, a infalibilidade papal, celebração de missa, salvação pelas obras, etc. Esse “fermento” penetrou em toda a massa humana exatamente como a parábola predisse.


Fontes bibliograficas

O Plano de Divino ATRAVÉS DOS SÉCULOS – N. LAWRENCE OLSON

Biblía de Estudo PENTECOSTAL - CPAD

19/01/2023

FRUTO DO ESPIRITO: O EU CRUCIFICADO

Leitura – Gálatas 5.16-26

Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.
Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.
Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei.
Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem;
idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções
e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti, que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.
Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.
Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos.
Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.
Não sejamos presunçosos, provocando uns aos outros e tendo inveja uns dos outros. (FALTA DE MATURIDADE)

Gálatas 5:16-26

INTRODUÇÃO

Gálatas (Igrejas da Galácia do Sul e Norte, região da Ásia Central conquistada e colonizada por Gauleses (Franceses) em 280 A.C) é uma das primeiras cartas escritas por Paulo (48/49 D.C) – John Stott : Antioquia da Psídia,Iconio, Lista e Derbe. É cheia de conflito, pois tem que enfrentar o questionamento ao Apostolado de Paulo, a incitação ao retorno à Lei Judaica, e questão acerca da maturidade e liberdade cristãs;

Paulo defende a maturidade Cristã fazendo contrapontos: Lei e Graça, Hagar e Sara, Liberdade e Escravidão, Fé ou incredulidade, Falso evangelho ou Verdadeiro evangelho. Ao final ele contrapõe Obras x Fruto.

Fruto é o resultado do Crente Livre (Liberto) Amadurecido, Regenerado, em Santificação. Vida cristã é relacionamento, com cristão e não cristãos. Paulo assegura, no entanto, que Há um eterno conflito entre Carne (Natureza pecaminosa) e Espírito (Nova natureza).

Pra isso ele diferencia nesse texto: Obras da Carne x Fruto do Espirito.

Obra (manifestação externa) x Fruto (Gerado a partir do interior)

O FRUTO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRENTE

  1. Definição

O fruto ((KARPÓS – Maturação) naturalmente resulta do processo de amadurecimento e crescimento espiritual. A ação É GRADUAL, obtendo como ponto de partida a regeneração. (UM BEBÊ QUE CRESCE OU UMA ARVORE QUE SE FORMA ATE DAR FRUTO)

O fruto é a evidência da regeneração e santificação na vida do Crente (Vs 18) é a plena certeza de que ele vive SOB DOMÍNIO DO ESPíRITO.

  1. O “fruto” no singular. – O artigo definido ‘O’ mostra a singularidade do fruto (Vs 22)

Para Bergstén, o fruto se define pelo amor, (AGAPE) os DEMAIS ITENS se constituem como REFLEXOS deste.

NÃO É QUALQUER AMOR (EROS – erótico, STORGE- familiar, PHILEO - amigo, AGAPE – Amor de Cristo, exclusivo, gerado pelo Espírito).

A partir do Amor, todas as manifestações/modalidades são possíveis: Quem ama é Feliz (ALEGRIA), quem ama tem e busca a Paz (PAZ) é paciente e longânimo (I Co13 – O amor é Paciente, sofredor, benigno, resiliente), Quem ama é BONDOSO, tem FÉ, é AMÁVEL e domina a si mesmo (TEMPERANTE)

Alegria (CHARA) – Regozijo Espiritual/ Felicidade no Espírito, O amor se alegrando

Paz (Eirene/Cirene) – Calma interior, independente da circunstâncias.

Paciência (Macrotímia) – Tolerância, Conhecimento de Paz

Benignidade (Chrestoles) – Gentileza do Espírito, ser Amável

Bondade (Agathosume) – Prática do bem, Ato de ser bom.

Fé (Pistis) – Confiança, fidelidade

Mansidão (Pautes) – Moderação , Serenidade

Temperança (Egkrateia) – Freio, Autocontrole, Domínio Próprio

  1. Andar no Espírito ( Vs 18 – Ser guiado/dominado pelo Espírito)

A humildade, submissão e santidade caracterizam o sujeito que anda no Espírito. Quando é o ESPIRITO que te domina, sua COSMOVISÃO MUDA. A manifestação do caráter de Cristo em você se torna evidente (Atos 11:26)

DIFERENÇA E RELAÇÃO ENTRE O FRUTO E OS DONS DO ESPÍRITO

  1. Diferença (DONS e FRUTO).

Apesar da fonte comum o fruto é GERADO PELO ESPÍRITO EM NÓS, enquanto o DOM É CONCEDIDO PARA USO UTIL. O amor, a exemplo, não é um Dom (ferramenta), mas um Fruto (resultado). Sua geração em nós, pelo espírito provoca uma REAÇÃO EM CADEIA que frutifica na transformação do caráter e comportamento do cristão (METANOIA - conversão)

PELO FRUTO e Não pelo DOM se conhece a Árvore (MT 7.16)

MT 7:22 – muitos me dirão: Senhor, Senhor.... PROFETIZAMOS, EXPULSAMOS, MARAVILHAS... 7. 23 : EU NUNCA VOS CONHECI.

DOM NÃO ATESTA ESPIRITUALIDADE , FRUTO SIM.

  1. Os dons na Igreja

Na Igreja, e PARA a Igreja, os Dons são importantes, estruturais. São como o andaime na construção. Essencial durante a obra, dispensável após terminada. E quando termina? No céu. E na terra? São ferramentas imprescindíveis

Os dons são a armadura e oficina de quem já gera frutos.

OS DONS SÃO A MANIFESTAÇÃO EXTERNA E ÚTIL DAQUELE QUE JÁ TEVE O FRUTO GERADO EM SI.

O FRUTO SE OPÕE À CARNE

  1. O Legalismo (Lei X Graça)

Entre os percalços nas igrejas da Galácia estava o legalismo. Um sistema egocêntrico e carnal. Havia o Conflito: Lei e Graça, Liberdade e Libertinagem, Ritualismo e Intimidade Cristã. Hipocrisia e Verdade; O legalismo é INCREDULO, não acredita que Cristo possa Amar alguém sem merecimento. O legalismo tenta desacreditar a Graça.

  1. A Carne e o Espírito

As obras da carne se contemplam em impulsos pecaminosos que dominam o sujeito. O Espírito colide diuturnamente contra isso. O Pr Yago Martins, autor do títuto “No alvorecer dos deuses”, comenta acerca do conceito de EGOLATRIA. ONDE SE CONSTITUI O SEU SENSO DE SATISFAÇÃO HIPOTETICAMENTE ALI ESTÁ SEU DEUS, acrescenta. O que mais te satisfaz, o que você mais alimenta?

Carne contra o Espírito, Espírito contra a carne, oposição vitalícia. OS 2 LOBOS DE CONFUCIO.

  1. Os vícios (OBRAS DA CARNE – SARX – Natureza Pecaminosa – 151 x no NT)



Há uma lista de 15 vícios somada a um item anônimo, “coisas semelhantes”. Paulo classifica as evidências carnais até um determinado ponto, as que não estão nítidas estão implícitas nas questões similares.

  1. imoralidade sexual,

  2. impureza

  3. libertinagem;

  4. idolatria

  5. feitiçaria;

  6. ódio,

  7. discórdia,

  8. ciúmes,

  9. ira,

  10. egoísmo,

  11. dissensões,

  12. facções

  13. inveja;

  14. embriaguez,

  15. orgias

  16. coisas semelhantes
    Gálatas 5:19-21


CONCLUSÃO – como posso escapar das Obras da carne e ter gerado o Fruto?

“examine-se, pois, o homem, a si mesmo “I Co 11: 30. Cada um deve fazer uma introspecção (DOKIMAZO – testar a si mesmo, provar-se) e observar suas motivações e inclinações. São carnais ou espirituais? O pensamento norteia o comportamento.

Vigie seus pensamentos, eles tornam-se palavras.
Vigie suas palavras, elas tornam-se ações.
Vigie suas ações, elas tornam-se hábitos.
Vigie seus hábitos, eles formam seu caráter.
Vigie seu caráter, ele se torna seu destino.

Frank Outlaw 

Mente carnal = comportamento carnal, o resultado é morte. Mente espiritual = comportamento espiritual, o resultado é vida e Paz.

Vede que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: DT 11; 26

Elaborado por: Pb. Júnior Cesar Santiago