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02/10/2015

LIÇÃO 01 – GÊNESIS, O LIVRO DA CRIAÇÃO DIVINA - 4º TRIMESTRE DE 2015 (Gn 1.1-10,14,26)




INTRODUÇÃO

A lição do último trimestre de 2015 tem como título: O Começo de Todas as Coisas – Estudos sobre o livro de Gênesis, onde teremos a oportunidade de estudar treze lições baseadas no Gênesis – o primeiro livro da Bíblia. Nesta primeira lição, destacaremos informações importantes acerca deste livro, tais como: nome, autoria, data, estrutura, propósito, dentre outras coisas; veremos ainda qual a sua importância do ponto de vista: teológico, literário e histórico; e,por fim, pontuaremos a perfeita harmonia dos seus assuntos com o último livro da Bíblia – o Apocalipse.

I – INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO DO GÊNESIS

Nome.
“No AT, a primeira palavra do texto, “bereshit”, “no princípio”, serve de título para o livro de Gênesis. Tomara primeira frase ou palavra de uma obra literária para denominá-la era prática comum no antigo Oriente Próximo. A tradução grega chamada Septuaginta (Tradução do Antigo Testamento para o grego) igualou este termo de abertura com a palavra “gênesis”, que significa “origem ou fonte”. A palavra grega permaneceu em nossas versões bíblicas, porque descreve notavelmente bem o conteúdo do livro. É o livro dos começos: o começo do universo, do homem, do pecado, da salvação, da nação hebraica, da aliança com os homens”.

Autoria.

“O AT afirma que o Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia) é de autoria de Moisés, o grande libertador no Êxodo que comunicou aos israelitas a revelação de Deus concernente a si mesmo e aos propósitos para o povo recentemente resgatado (Êx 17.14; 24.4; Nm 33.1,2; Dt 31.9; Js 1.8; 2 Rs 21.8). Embora não haja dúvida de que houvera uma tradição oral (e talvez escrita) contínua acerca das suas origens, história e propósito, foi Moisés que reuniu estas tradições e as integrou ao corpo conhecido por Torá, desta forma surgindo uma síntese abrangente e oficial”. Sobre a autoria mosaica podemos acrescentar ainda que os escritores do NT estão de pleno acordo com os do AT. Falam dos cinco livros em geral como “a lei de Moisés” (At 13.39; 15.5; Hb 10.28). Para eles, “ler Moisés” equivale a ler o Pentateuco (II Co 3.15). Finalmente, as palavras do próprio Jesus dão testemunho de que Moisés é o autor (Jo 5.46; Mt 8.4; 19.8; Mc 7.10; Lc 16.31; 24.27,44).

Data e Estrutura.

O livro do Gênesis foi escrito provavelmente por volta de 1445-1405 a.C. Ele se divide em duas partes: a primeira, do capítulo 1 ao 11, conta como Deus criou tudo o que existe, incluindo a raça humana. Encontram-se aqui as histórias de Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e o dilúvio e a torre de Babel. A segunda parte, do capítulo 12 ao 50, conta a história dos patriarcas hebreus: Abraão, Isaque, Jacó e seus doze filhos que foram o começo das doze tribos de Israel. E o livro termina com a história de José, um dos filhos de Jacó, que fez com que os seus irmãos e o seu pai fossem morar no Egito.

Assunto.

“O assunto geral é “o princípio de todas as coisas”. Porém à luz do tema da Bíblia toda, seu tema é: “Deus começa a redenção escolhendo um povo”. O livro do Gênesis abrange uma época muito longa; desde as primeiras origens das coisas até ao estabelecimento de Israel no Egito. O esquema do livro é o seguinte:

ü  a criação (1-2);
ü  a queda e suas consequências (3-4);
ü  o dilúvio (5-9);
ü  a dispersão das nações (10-11); e,
ü  história patriarcal (12-50).

Propósitos.

“O livro do Gênesis é a introdução à Bíblia toda. É o livro dos princípios, pois narra os começos da criação, do homem, do pecado, da redenção e da raça eleita. Tem sido chamado de “viveiro ou sementeiro da Bíblia” porque nele estão as sementes de todas as grandes doutrinas. Conquanto o Gênesis esteja estreitamente ligado aos demais livros do Antigo Testamento, relaciona-se mais ainda, em certo sentido, com o Novo Testamento. Alguns temas do Gênesis mal voltam a aparecer até que sejam tratados e interpretados no Novo Testamento. Incluem-se aí a queda do homem, a instituição do casamento, o juízo do dilúvio, a justiça que Deus imputa ao crente, o contraste entre o filho da promessa e o filho da carne, e o povo de Deus como estrangeiros e peregrinos”.

Cristologia em Gênesis.

Esse livro dos princípios também anuncia a vinda de Cristo. Mesmo veladas a mente secular, essas referências sutis alertam os crentes para aquele que cumprirá a promessa final. Essas referências cristológicas aparecem na forma de profecias ou de tipos velados, tais como:

ü  A semente da mulher (Gn 3.15). Um Filho de Eva (ou Maria) viria fatalmente ferir e ser temporariamente ferido pela “serpente” ou Satanás (Gl 4.4);
ü  A semente de Abraão (Gn 12.3). Um descendente de Abraão viria abençoar todas as nações com a oferta da justificação pela fé (At 3.25; Gl 3.7-9); e,
ü  O descendente de Judá (Gn 49.9,10). Um “Leão” da tribo de Judá seria levantado como o Soberano do mundo (Gn 49.9-10; Ap 5.5).

II – A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DO GÊNESIS

Do ponto de vista Teológico.
 “O livro de Gênesis contém grande teologia e deve ser considerado o “começo de toda teologia”. Os principais conceitos de Deus como um ser supremo, onipotente e extremamente sábio são introduzidos neste livro. Gênesis oferece também um tratamento teológico às questões da origem do mundo, do homem, do pecado, e aos problemas da queda do homem do estado de graça, do plano de redenção, do julgamento e da providência divina. O livro narra como um remanescente da raça humana foi providencialmente poupado e preparado de maneira tal para permitir o crescimento do plano de redenção, sob a direção do Pai, para toda a humanidade”. Abaixo destacaremos algumas doutrinas que podemos encontrar neste livro:


Do ponto de vista Literário.

“O livro de Gênesis é considerado uma das grandes obras literárias de todas as épocas. Seu autor descreve de maneira vigorosa as atividades de Deus como guia da criação e da história. As histórias individuais, verdadeiras obras-primas de narrativas interessantes e intensas, são entrelaçados inteligentemente, não prejudicando assim a unidade do tema. O livro segue um plano lógico e em geral evita detalhes desnecessários. Seus personagens são apresentadas não como figuras mitológicas, mas como seres humanos reais, passíveis de faltas e de virtudes. Quem escreveu Gênesis observou a vida de duas perspectivas: exterior e interior. Do lado exterior considerou as coisas materiais; do lado interior considerou os desejos, as ambições, as alegrias, as tristezas, o amor e o ódio”.

Do ponto de vista Histórico.

A história jamais poderá ter sentido no seu meio e fim senão tiver um começo, uma gênese. Partindo dessa premissa podemos calcular a importância do livro do Gênesis para compreensão de toda a Bíblia. Negar a literalidade e a historicidade do que está escrito neste livro, desencadeará na completa demolição de todo o
restante das Escrituras. Disse certo teólogo: “A maneira mais rápida de demolir um edifício é atingir sua fundação. Se esta pode ser destruída a estrutura cairá. Não é surpreendente que alguns dos ataques mais acirrados que a Bíblia já, sofreu tenham sido contra os seus primeiros capítulos. Se alguém pode ser persuadido a tirar páginas da Bíblia, pode-se dizer que, não demorará muito, o mesmo sucederá em relação as últimas”. As referências no NT aos personagens e eventos do Gênesis autenticam a sua veracidade. Por exemplo: Adão foi uma pessoa real (Gn 1.26; Mc 10.6; At 17.26; Rm 5.12); como também: Enoque (Jd 1.14); e, Noé (Mt 24.37; Hb 11.7; I Pe 3.20). O dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra também são fatos confirmados (Mt 24.38,38; II Pe 2.5; 3.6; Lc 17.28; II Pe 2.8).


III – A PERFEITA HARMONIA ENTRE O LIVRO DE GÊNESIS E O DE APOCALIPSE

No livro do Gênesis (o primeiro livro da Bíblia) encontramos o início de muitos assuntos e no livro do Apocalipse (o último livro da Bíblia), em particular, narra o cumprimento destes. Abaixo destacaremos alguns destes assuntos:


CONCLUSÃO

O Senhor Deus, em sua excelente e inescrutável sabedoria, nos forneceu através de Moisés, o registro do início de todas as coisas a fim de nos revelar que Ele é o Criador e que tudo o que foi feito, se constitui numa amostra da Sua grande bondade e incompreensível amor.


REFERÊNCIAS
· CHAMPLIN, R. N. O Antigo Testamento Interpretado – Gênesis a Números. HAGNOS.
· HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. VIDA NOVA.
· HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA.
· ZUCK, Roy B. Teologia do Novo Testamento. CPAD.

21/08/2015

LIÇÃO 08 – APROVADOS POR DEUS EM CRISTO JESUS - 3º TRIMESTRE DE 2015 (II Tm 2.1-18)



INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos a definição da palavra “aprovado”; em seguida, analisaremos algumas qualidades do servo aprovado, e ainda, estudaremos algumas virtudes do obreiro Timóteo como um verdadeiro exemplo a ser seguido, e por fim, terminaremos vendo algumas lições de como servir a Deus e ser um crente aprovado.

I – DEFINIÇÕES

Aprovado. O termo no grego “dokimazo” significa: “ser aprovado verdadeiramente”. Já a expressão “dokimos” descreve a “tudo o que foi provado e purificado e que está preparado para o serviço”. O dicionário da língua portuguesa define a palavra aprovado como: “aquele que teve aprovação, admitido, julgado apto, aquele que é julgado verdadeiramente bom”.

II – QUALIDADES DO SALVO QUE É APROVADO DIANTE DE DEUS

·         Fidelidade (1Tm 4.12,13,15). Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. A fidelidade é indispensável na vida de um salvo, pois, envolve todas as áreas da sua vida. Fidelidade com Deus, com o cônjuge e filhos, com a igreja, nos negócios, enfim, em todas as coisas. “... além disso, requer-se... que cada um se ache fiel” (1Co 4.1,2).


·         Vigilância (1Tm 4.16). Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem. O crente que não é vigilante pode tornar a sua vida numa tragédia. É preciso ser vigilante em todas as áreas, para que os nossos adversários, inclusive o diabo, não tenha de que nos acusar. O crente deve ficar sempre de prontidão e nunca dormir em relação ao seu testemunho pessoal; pois o inimigo não dorme, ele trabalha de dia e de noite, procurando uma brecha para entrar e destruí-lo (1Pe 5.8; 1Ts 5.6).

·         Resiliência (2Tm 2.3-5). Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. Hoje muitos não querem mais sofrer por amor a Cristo. O crente não foi chamado só para viver um evangelho de conforto, mais também de sofrimento e provação. O apóstolo Paulo escrevendo aos filipenses, diz: “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele, tendo o mesmo combate que já em mim tendes visto e, agora, ouvis estar em mim” (Fp 1.29,30; vejamos ainda 2Tm.2.11-13).

·         Verdade (2Tm 4.1-5; Tt 2.1). CONJURO-TE, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. TU, porém, fala o que convém à sã doutrina. O crente aprovado, é verdadeiro porque vive na verdade e prega a palavra da verdade. Só pode pregar a palavra da verdade, aquele que é verdadeiro; quando o apóstolo Paulo disse: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”; isto significa dizer que, para se apresentar a Deus aprovado, é preciso estar vivendo a verdade. Quem vive a verdade tem aprovação de Deus, não é envergonhado por ninguém e tem autoridade de manejar bem a Palavra da verdade.

·         Humildade (1Tm 6.3,4, 11). Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. A humildade é uma virtude que identifica o verdadeiro homem de Deus. O servo aprovado ele não deve ser orgulhoso, soberbo e de olhar altivo; e sim amigo, comunicativo, amável, generoso e humilde (Ef 4.1,2). A palavra de Deus nos diz: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16.18). “... diante da honra, vai a humildade” (Pv 18.12).

·         Disposição (2Tm 2.15a). Procura apresentar-te a Deus aprovado,. Quando Paulo disse ao seu discípulo Timóteo: "Procura apresentar-te a Deus aprovado", significa "procura estar sempre disponível pra Deus". Nenhuma ocupação terrena pode privar-nos desta disponibilidade (2Tm 2.4). É claro que há crentes que têm suas atividades profissionais, e que delas depende sua sobrevivência. Estes devem buscar se organizar de tal maneira o seu tempo, para que haja maior disponibilidade possível para trabalhar na Obra de Deus.

III – EXORTAÇÕES AO CRENTE TIMÓTEO

A expressão "procura apresentar-te" (2Tm 2.15) significa: "sê diligente, zeloso". Ê traduzida por "depressa" e "apressa-te", em 2Timóteo 4.9, 21 e Tito 3.12, respectivamente. A ênfase desse texto é sobre o fato de que o crente precisa ser diligente em seus trabalhos de modo a não ficar envergonhado quando sua obra for inspecionada. "Manejar bem" também pode ser traduzido por "dividir corretamente" ou "cortar em linha reta" e se aplica a várias tarefas diferentes: arar um sulco reto, cortar uma tábua reta, costurar uma emenda reta. Vejamos:

·         Apresentar-se aprovado (II Tm 2.15-a). A palavra que Paulo emprega para dizer “apresentar-se” é a palavra grega “parastesai”, que significa caracteristicamente “apresentar-se apto para o serviço”, isso desenvolve a ideia de utilidade para e no serviço. Como já vimos, a palavra grega para aprovado é “dokimos” e descreve a tudo o que foi provado e purificado e que está preparado para o serviço. Descreve o ouro ou a prata que foram purificados e limpos de toda liga no fogo. Também é a palavra que se usa para referir-se a uma pedra que foi cortada, lapidada e provada e estar pronta para ser localizada exatamente em seu lugar num edifício. Se existisse uma pedra com uma imperfeição marcava-se com a letra “A” maiúsculo, que representava a palavra grega “adokimastos”, que significava que aquela pedra foi provada e encontrada com falhas. Assim, Timóteo devia ser purificado e provado para que pudesse ser um instrumento adequado para a tarefa de Cristo, e portanto, um trabalhador que não tivesse do que envergonhar-se. Assim, todo crente fiel e aprovado, deve buscar, apresentar-se diante de Deus julgado apto.

·         Manejar bem a Palavra (II Tm 2.15-b). O apóstolo Paulo, orienta Timóteo que: “maneje bem a palavra de verdade”. A palavra grega que corresponde a esta tradução é a expressão “orthotomein”, que literalmente significa “cortar bem”. Relaciona-se com um pai que divide os mantimentos para seus filhos durante a refeição, cortando-os de tal maneira que cada membro da família receba a porção correta, necessária e adaptada e que nenhum fica sem sua porção. Os próprios gregos usavam esta palavra com significados distintos, a saber: primeiramente usavam-na para referir-se a traçar um caminho reto e sem curvas no campo e, em segundo lugar, ao referir-se à tarefa de um pedreiro ao cortar e dar forma a uma pedra de modo que se encaixasse perfeitamente em seu lugar de maneira correta na estrutura de um edifício. Todo servo de Cristo, deve procurar ter intimidade com a Palavra do Senhor, tendo condições de ser apresentado como digno de toda aceitação.

IV - COMO SERVIR A DEUS SENDO UM COOPERADOR APROVADO

·         Bom caráter. O testemunho de Timóteo influenciou os seus conterrâneos de Atenas e Macedônia. Ver Atos 17.15,34; 18:7 e 8. A expressão “caráter” significa: “o conjunto das qualidades boas ou más de um indivíduo que lhe determina a conduta – como a pessoa age”. Paulo escreve a Timóteo dizendo que aquele que almeja cooperar na obra do Senhor, excelente obra almeja (1Tm 3.1). No entanto, estará apto para esse serviço se além de ter a chamada divina, seja irrepreensível no seu caráter “Convém, pois, que... seja irrepreensível” (1Tm 3.2-a). No texto de Atos 16.2 vê-se que ele era reconhecido em sua cidade Listra, e também em Icônio. É muito animador ver que existem pessoas que são capazes de causar uma boa impressão. Porém, no caso de Timóteo, o seu testemunho falava alto, a ponto de pessoas de outra cidade reconhecer a sua fé. Portanto, é imprescindível para aquele que coopera na obra de Deus possuir as qualificações morais que ela exige (At 6.3; I Tm 3.1-16; Tt 1.5-9).

·         Irrepreensível. Paulo mencionou à Timóteo o exemplo de Jesus diante de Pôncio Pilatos “Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.” (1Tm 4.12; 6.13-16). Ter um bom testemunho perante as pessoas obedecer aos mandamentos de Cristo e guardá-los sem mácula, com um coração puro, íntegro e sincero perante Deus. Que as pessoas ao nosso redor reconheçam em nós o caráter de Jesus. Ser sal e luz, fazer toda a diferença. Timóteo imitou o modo de vida de Paulo. Escolheu alguém que agradava à Deus e seguia os passos de Cristo. Tirou para si tudo o que havia de bom na figura de Paulo. Todos aqueles que irão viver a eternidade deverão ser encontrados irrepreensíveis antes da volta de Cristo (1Tm 6.6-7; 2Pd 3.14; Mt 5.8).

·         Responsável. O Aurélio define a palavra “responsável” como: “que tem noção exata de responsabilidade; que se responsabiliza pelos seus atos; que não é irresponsável”. O serviço ao Senhor precisa ser feito com muita responsabilidade, visto que aquilo que fazemos e a maneira como realizamos será submetido a análise no Tribunal de Cristo, onde as obras dos salvos serão julgadas (Rm 14.10; 1Co 3.13-15; 1Co 5.10).

·         Conhecedor e pregador da Palavra de Deus. Paulo nos aconselha a pregar Palavra de Deus. Não podemos perder as oportunidades de ministrar a Palavra aos nossos amigos e familiares, mesmo quando sabemos que os confrontaremos. Devemos atender a este mandamento do Senhor e pregar. Não calar os nossos lábios e dizer aquilo que o Senhor tem colocado em nosso coração, é um dever cristão (2Tm 4.1-2; 1Tm 6.17-21). “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2Tm 3.14-15).


CONCLUSÃO

Ser aprovado diante de Deus, é servi-lo fielmente, sendo um exemplo para os que nos rodeiam, e testemunharmos as virtudes de Cristo. Aprendemos também com esta lição, que como servos de Cristo, devemos manter nossa vida plenamente pautada em sua Palavra para sermos tidos como aquele que “maneja bem a Palavra da verdade.


REFERÊNCIAS
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento. CULTURA CRISTÃ.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.