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20/04/2024

LIÇÃO 03 – O CÉU - O DESTINO DO CRISTÃO – 2º TRIMESTRE DE 2024 (Fp 3.13,14,20,21; Ap 21.1-4)




INTRODUÇÃO


Nesta lição estudaremos o céu – o destino do cristão, para isto definiremos a palavra céu, em seguida veremos uma breve descrição de como esse tema aparece nas Sagradas Escrituras. Elencaremos também a natureza do céu e a conduta exigidas dos salvos em Cristo. E por fim, pontuaremos as bênçãos reservadas para igreja do senhor.


I – DEFININDO O TERMO CÉU


Nas traduções da Bíblia para a língua portuguesa cerca de 700 ocorrências da palavra céu (s). Sendo que, a maioria dos textos bíblicos usa a palavra hebraica: “shamayim”, que é traduzida literalmente como: “as alturas”, ou a palavra grega: “ouranos”, que é traduzida como: “o que está elevado”. Estes termos são usados em toda a Bíblia, referentes a três céus.


O primeiro céu (inferior)


É o céu atmosférico, onde sobrevoam as aves e os aviões; onde passam as nuvens, desce a chuva e se processam os trovões e relâmpagos: “Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra e que faz produzir erva sobre os montes” (Sl 147.8; ver Dt 11.11,17; 28.12,24).


O segundo céu (intermediário)


É o céu estelar ou planetário, chamado também de céu astronômico: “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus [...]” (Gn 1.14; ver Gn 15.5; Sl 33.6; Jr 10.2; Hb 1.10).


O terceiro céu (superior)


Este céu é o ponto central do nosso estudo. Podemos chamá-lo de “céu dos céus” por estar acima de todos (Ne 9.6; Jo 3.13). É este céu que o apóstolo Paulo denomina de “o Paraíso” (2Co 12.2-4), e que o Senhor Jesus mencionou, muitas vezes, em suas pregações e ensinos (Mt 5.12,16; 6.1,9,10; 7.21; 8.11; 10.32,33).


II – A DESCRIÇÃO DO CÉU À LUZ DAS ESCRITURAS


Paraíso


Este título nos lembra a felicidade, contentamento e comunhão que os nossos primeiros pais desfrutavam com Deus, no Éden, antes da queda (Gn 3.8). Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo afirma que foi arrebatado até o terceiro céu, que é o paraíso (2Co 12.2-4).


Casa de meu Pai


Em um dos seus últimos discursos, o Senhor Jesus descreveu o céu como a: “casa de meu Pai (Jo 14.1-3), trazendo-nos a ideia do conforto, descanso e comunhão do lar.


Cidade celestial


Assim como Israel peregrinou no deserto, com destino a Canaã, a igreja está peregrinando, com destino a Canaã celeste. O escritor aos Hebreus disse: “Porque nós não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura” (Hb 13.14); e o apóstolo Paulo, escrevendo aos filipenses, afirma: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20).


III – A NATUREZA DO CÉU À LUZ DAS ESCRITURA


O céu não é um lugar místico e nem um conceito filosófico.


O céu é um lugar real, onde Deus habita; de onde Jesus veio, para tomar forma humana, e para lá voltou, após a sua ressurreição, e de onde Ele voltará, para buscar a Sua igreja. Vejamos como a Bíblia informa a natureza do céu:


O Céu é um lugar real


O céu não é um lugar imaginário, e sim, um lugar real, onde a igreja estará para sempre com o Senhor (1Ts 4.17). Jesus descreveu o céu como um lugar onde existe muitas moradas (Jo 14.1-3);


O Céu é um lugar indescritível


Apesar das muitas referências bíblicas sobre o céu, cremos que não é possível descrevê-lo por completo, pois não se pode descrever a sua beleza e sua realidade com palavras humanas. O apóstolo Paulo diz que “[...] as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam” (1Co 2.9).


O Céu é um lugar espaçoso


As testemunhas de Jeová afirmam que apenas 144 mil irão para o céu. Porém, o apóstolo João, na ilha de Patmos, teve uma visão dos mártires na glória, e escreveu: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9). Se João descreve os mártires da grande tribulação como: “uma multidão, a qual ninguém podia contar”, imagine o que será a igreja, em sua totalidade.


IV A CONDUTA DE QUEM TEM COMO DESTINO O CÉU


Andar em santidade


A santidade é a marca característica de um verdadeiro servo de Deus, tanto no AT, pois, o caráter santo de Deus deveria ser refletido na vida de Israel (Lv 11.44; Nm 15.40), como no NT, onde nos é dito que a nossa santificação é a vontade direta e perfeita de Deus para nós (1Ts 4.3). A afirmativa bíblica é que os salvos são filhos de Deus (Rm 8.16), sendo assim, temos aqui um argumento lógico e simples, os filhos herdam a natureza dos pais, logo, sendo Deus Santo, como seus filhos, devemos ter uma vida santa. Somos participantes da natureza divina e devemos revelar essa natureza em uma vida piedosa (2Pd 1.4).


Andar em obediência e reverência (1Pd 1.14,17)


Antes da conversão a Cristo o homem por natureza, é filho da desobediência (Ef 2.2). O apóstolo Pedro ressalta que agora, após a experiência da salvação, não podemos mais viver nas práticas do passado que determinavam o nosso modelo de vida (1Pd 1.14,15); “não vos amoldeis” significa não entrar no esquema, no modelo. Originalmente, a palavra significava assumir a forma de alguma coisa, a partir de um molde de encaixe, os cristãos são chamados a “mudar de forma”, e a assumir o padrão de Deus (Rm 12.2), vivendo respectivamente de maneira reverente, ou seja, tendo a atitude de quem fala cada palavra, cumpre cada ação e vive cada momento consciente de Deus tendo consciência de que nossas atitudes serão julgadas pelo justo juiz (Dt 10.17; Rm 2.11; 1Pd 4.17).


Andar sem conformar-se com o mundo (Rm 12.2)


A expressão “não vos conformeis” tem o sentido de “não tomar a forma” ou “não ser igual”. Em outras palavras, o apóstolo Paulo estava dizendo: “não queira ser igual ao mundo”. O cristão deve reconhecer que o presente sistema mundano é mau (At 2.40; Gl 1.4) e que está sob o controle de Satanás (Jo 12.31; I Jo 5.19). Aquele que é nascido de Deus deve aborrecer aquilo que é mau, e amar aquilo que é justo, pois, Jesus disse que nós somos o sal da terra e a luz do mundo; e, como luz do mundo devemos resplandecer diante dos homens (Mt 5.13-16)


V – AS BÊNÇÃOS RESERVADAS PARA A IGREJA NO CÉU


Santidade perfeita


No céu não existe tentação e nem pecado. Lá os santos desfrutarão, para sempre de santidade e pureza, pois receberão corpos gloriosos e incorruptíveis, e não poderão mais pecar (Ap 21.27; 22.14,15).


Plenitude de conhecimento


No céu não haverá escola nem ciência. Mas, o conhecimento será perfeito. Os mistérios serão desvendados, temas teológicos de difíceis compreensão, serão, enfim, compreendidos; e muitas coisas encobertas, serão reveladas (Dt 29.29; 1Co 13.12).


Descanso eterno


Em contraste com a vida presente, no céu não haverá necessidade de corrermos de um lado para outro, na luta pela sobrevivência. Estaremos, para sempre, livres de fadiga, cansaço e dores (Ap 14.13; 21.4).


Serviço


O céu não é um lugar de fadiga e cansaço, mas também não é um lugar de inatividade. Está equivocado aquele que pensa que a única coisa que faremos no céu é louvar a Deus. A Bíblia diz: “Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra... E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão (Ap 7.15; 22.3).


Gozo incomparável


Nem mesmo o maior prazer experimentado neste mundo poderia ser comparado com o gozo que desfrutaremos no céu. O céu é um lugar de gozo e de alegria permanente (Ap 19.7; 21.4).


Comunhão com Cristo


No céu seremos semelhantes a Cristo e O veremos face a face. Por enquanto, a nossa comunhão com Ele é baseada na fé. Nós oramos, adoramos e O servimos movidos por fé (1Pd 1.8). No entanto, ao adentrarmos nas regiões celestes, poderemos vê-lo face a face (Jo 14.3; 2Co 5.8; Fp 1.23; Ap 22.4).


CONCLUSÃO


O céu é um lugar real, onde a igreja estará, para sempre, com o seu noivo, o Senhor Jesus Cristo. Todo aquele que recebeu a Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, deve desejar habitar neste lugar, preparado para o povo de Deus (Jo 14.1-3).


REFERÊNCIAS

ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.

GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. CPAD.

MCGRATH, Alister E. Teologia sistemática, Histórica e Filosófica. SHEDD.

MOODY, D. L. Comentário Bíblico de João. PDF.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD

IEADPE - Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais

19/03/2024

LIÇÃO 12 – O PAPEL DA PREGAÇÃO NO CULTO - 1º TRIMESTRE DE 2024 (2Tm 4.1-5)





INTRODUÇÃO


Nesta lição, destacaremos o conceito bíblico do que é pregação; mencionaremos que o ministério terreno de Cristo, foi caracterizado pela proclamação das boas novas com o propósito de alcançar a todas as pessoas; elencaremos também, principais eventos que mostram a pregação sendo colocada como prioridade no dia a dia da igreja primitiva; e por fim, abordaremos quais devem ser as características da pregação no culto e a sua devida importância.


I – DEFINIÇÕES


Definição do termo proclamar.


O verbo grego traduzido como “proclamar”, “kerysso” que quer dizer: “ser um arauto, proclamar como um arauto”, refere-se na prática à: “pregação do evangelho como a palavra autorizada (obrigatória) de Deus, trazendo responsabilidade eterna a todos que a ouvem” (GONÇALVES, 2024). Ainda podendo ser entendido como: “promulgação solene e urgente de um fato importante. Assim é descrito o anúncio do Evangelho em obediência ao ‘ide’ de Cristo” (Mt 28.18-19) (ANDRADE, 2006, p. 305).


Definição do termo pregação.


Andrade define a pregação como sendo: “proclamação da Palavra de Deus, visando a divulgação do conhecimento divino, a conversão dos pecadores e a consolação dos fiéis” (2006, p. 303). Um dos termos usados é “kerygma”, que indica: “a mensagem do evangelho”; essa palavra aparece cerca de oito vezes no Novo Testamento (Mt 12.41; Lc 11.32; Rm 16.25; 1Co 1.21; 2.4; 15.14; 2Tm 4.17; Tt 1.3), indicando a pregação apostólica, que é a mensagem central e o fundamento do Novo Testamento (CHAMPLIN, 2004, p.367)


II – A PREGAÇÃO NO MINISTÉRIO DE JESUS


Jesus exerceu um tríplice ministério de cura, pregação e ensino da palavra de Deus: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo” (Mt 4.23), essa ênfase na pregação no ministério do Senhor é Jesus, é vista frequentemente nos Evangelhos “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo” (Mt 9.35), “E aconteceu, num daqueles dias, que, estando ele ensinando o povo no templo e anunciando o evangelho, sobrevieram os principais dos sacerdotes e os escribas com os anciãos” (Lc 20.1). Sua importância é ressaltada, quando essa mesma ênfase foi ordenada e confiada à igreja (Mt 28.19; Mc 16.15-18).


III – A PREGAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA


A pregação é a parte central do culto cristão e sem ela o culto fica sem brilho e objetivo, pois é através dela que a fé é gerada: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas! Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.14-17; ver Gl 3.2); é a vontade de Deus, que todos se arrependam e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (At 17.30; 1Tm 2.4), para tanto percebemos a pregação sendo evidenciada na vida da igreja primitiva.


Vejamos:


No ministério de Pedro.


Após ser revestido com o poder do Espírito Santo, o apóstolo Pedro pregou um sermão bíblico (At 1.16), totalmente cristocêntrico, começando com: “[...] Jesus Nazareno” (At 2.22) e, terminando com: “[...] Senhor e Cristo” (At 2.36), resultando em quase três mil almas para o Reino de Deus. Desde então, seu ministério foi marcado pela proclamação das boas novas, na unção do Espírito. Como se pode ver em vários momentos:


(a) diante do espanto dos que presenciaram o milagre realizado na porta formosa do templo (At 3.12-26);

(b) diante da indagação e da oposição do sinédrio (At 4.8-22); e,

(c) na casa do centurião Cornélio (At 10.34-48).


No ministério de Paulo.


O apóstolo Paulo em razão da sua importância no cenário cristão, destacou-se quanto ao compromisso de proclamar a Palavra de Deus de tal forma que sempre lembrava: “Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto ) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios, na fé e na verdade” (1Tm 2.7; 2Tm 1.11), o que podemos ver com facilidade tanto em seu exemplo (At 9.20,22; 13.5,16; 14.1,21,22,25; 16.13,31; 17.2,3,17;18.4,5,11; 19.8,13; 20.25; 28.31), como em seus ensinamentos (1Tm 4.6-11,13,16; 5.17; 6.3-5; 2Tm 1.13; 2.14,15; 4.2).


IV – CARACTERÍSTICAS DA PREGAÇÃO NO CULTO


O apóstolo Paulo prevendo o fim de seus dias (2Tm 4.6,7), trouxe à tona para o jovem obreiro Timóteo, compromissos que deveriam caracterizar sua conduta como servo de Deus e da igreja do Senhor. Entre esses o de pregar o Evangelho de forma genuína, frente a um tempo de resistência à verdadeira mensagem de Deus (2Tm 4.3,4). Nesse intuito, o apóstolo destaca características que deve ter a pregação no culto:


Seriedade:


“Conjuro-te, pois [...]” (2Tm 4.1-a). A palavra conjuro-te, do grego: “diamarturomai” que indica: “testificar sob juramento, atestar, testificar a, afirmar solenemente”, é enfática e tem peso de afirmação legal. O apóstolo elaborara detalhadamente a responsabilidade que está sobre o ministro cristão. Agora ele incumbe Timóteo de assumir este encargo em plena conscientização de que, no desempenho de suas obrigações, ele é responsável diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo (2Co 5.10). A pregação da Palavra era tão importante para Paulo e para o ministério da igreja que ele ordenou “uma ordem militar” que Timóteo continuasse a pregá-la. Paulo recorre a Cristo como testemunha de sua ordem e lembra a Timóteo que, um dia, o Senhor retornará e testará o ministério dele. O pregador infiel que acrescenta algo à mensagem ou dela subtrai será reprovado no dia do acerto de contas (Ap 22.18).


Fidelidade:


pregues a palavra [...]” (2Tm 4.2-a). Pela expressão “a palavra”, o apóstolo quer dizer a mensagem relativa a Cristo como Redentor, Salvador e Senhor. Este deve ser o teor da pregação cristã. Nenhum sermão é realmente sermão, a menos que deixe explícita a verdade bíblica. O pregador é um arauto de Cristo, não pode mudar a mensagem que lhe foi confiada: “porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus” (At 20.27), não pode alterar a essência da mensagem, na tentação de torná-la palatável aos homens: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus; antes, falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus” (2Co 2.17).


Urgência:


“[...] instes a tempo e fora de tempo [...]” (2Tm 4.2). O pregador precisa ter um profundo senso de urgência, o verbo grego “ephistemi”, traduzido por “instar”, significa literalmente: “estar de prontidão”. A tempo e fora de tempo pode ser traduzido por “insista em todas as ocasiões, convenientes ou inconvenientes”. Esta determinação nos mostra o senso de urgência que deve caracterizar nossa pregação (At 8.26-30). Isso acarreta necessariamente a responsabilidade de corrigir e repreender (redarguas e repreendas) e o dever mais positivo de animar (exortes). Temos de provocar em todos que nos ouvem a disposição de reagir em total obediência à Palavra de Deus. Acima de tudo, o servo de Deus deve cultivar a graça da paciência (longanimidade), em seus esforços de levar as pessoas a Cristo e ministrar-lhes o ensino segundo a verdade cristã (doutrina).


V – A IMPORTÂNCIA DA PREGAÇÃO BÍBLICA NO CULTO


Para nosso ensino.


Paulo diz: “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito […]” (Rm 15.4). Segundo Champlin (2004, p. 855):“Paulo faz aqui uma pausa momentânea a fim de relembrar aos seus leitores qual a autoridade e qual o devido uso das Escrituras. Ele também quis dar a entender, que ela está repleta de boas coisas para nossa instrução moral e espiritual, e a igreja tem feito bom emprego dela, quanto a esses propósitos”.


Para aviso nosso.


O mesmo apóstolo assevera acerca da Bíblia que as coisas que estão escritas: “[…] estão escritas para aviso nosso […]” (1Co 10.11). Para exortar os crentes de Corinto, Paulo utiliza-se do mau comportamento do povo de Israel no deserto (1Co 10.1-6). O apóstolo diz que este exemplo negativo serve de aviso a fim de que não caiamos nos mesmos erros (1Co 10.6,11). Segundo Champlin (1995, p. 396) a palavra “aviso” no original grego é: “nouthesia”, que significa: “admoestação”, “instrução”, “aviso”, que é utilizada tanto no sentido positivo quanto negativo, ou seja, uma atitude que pode ser reproduzida ou evitada”. Os bons exemplos quanto os maus exemplos de personagens das Escrituras também foram registrados para nos trazer advertências;


Para nos instruir no caminho certo.


Paulo descreveu para o jovem obreiro Timóteo quais os muitos propósitos da pregação das Escritura em relação ao homem: “Toda a Escritura é […] proveitosa para ensinar, […] redarguir, […] corrigir, […] instruir em justiça” (2Tm 3.16). Tudo que foi escrito, o foi para nos instruir no caminho da justiça. Segundo Champlin (1995, p. 396), no tocante à justiça que no grego é: “dikaiosune”, fica indicado o “treinamento naquilo que é reto”. Porém, no sentido cristão, “praticar o que é reto” consiste em cultivar o caráter moral de Cristo, o qual, por sua vez, reproduzirá a moralidade de Deus Pai”.


CONCLUSÃO


Em razão dos tempos difíceis que marcam os últimos dias da Igreja do Senhor na terra, precisamos reafirmar o valor das Escrituras e da sua proclamação, ocupando um lugar proeminente no culto cristão


REFERÊNCIAS


ANDRADE, Claudionor Correa de. Dicionário Teológico. CPAD.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

CHAMPLI, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.

GONÇALVES, José. O Corpo de Cristo: Origem, Natureza e Vocação da Igreja no Mundo. 1 ed. RJ: CPAD, 2024.

VINE, W. E. Dicionário Vine. CPAD

IEADPE - Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais