Ídolo de bezerro cananeu - Quando os israelitas tornaram a terra de Canaã, Deus lhe disse para expulsarem todos povos que viviam lá, porque ele adoravam a ídolos. Os israelitas falharam em não obedecer à ordem de Deus, e muitos do povo de Israel começaram a adorar os ídolos cananeus.
INTRODUÇÃO
O primeiro mandamento da Lei, além de anunciar a existência
de um Único Deus verdadeiro, proíbe
terminantemente a idolatria e o politeísmo. Lamentavelmente, a história
dos israelitas foi marcada por esta prática pecaminosa, o que provocou a ira e
o consequente juízo divino. Estudaremos nesta lição a definição do termo
idolatria; suas práticas nos tempos do Antigo e Novo Testamento; veremos porque
não devemos adorar a ídolos e as diversas formas de idolatria praticadas ainda
hoje no mundo.
I – DEFINIÇÃO DE
IDOLATRIA
O Aurélio define idolatria como “culto prestado a ídolos”
(FERREIRA, 2004, p. 1067). Teologicamente “a idolatria pode ser considerada
também o amor excessivo por alguma pessoa, ou objeto. Amor este que suplanta o
amor que se deve devotar, voluntária, incondicional e amorosamente, ao único e
verdadeiro Deus” (ANDRADE, 2006, p. 220).
“Essa palavra vem do grego, “eidolon” que significa “ídolo”,
e “latreuein” que quer dizer“ adorar”.
Esse termo refere – se à adoração ou veneração a ídolos ou
imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato,
pode indicar a veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição,
ambição, etc., que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe
devemos” (CHAMPLIN, 2004, p. 206).
Antigo Testamento.
Quando os israelitas saíram do Egito, com destino a Canaã,
Deus lhes deu a Lei (Êx 20; Dt 5), que lhes advertia para que não aprendessem
as práticas idólatras dos povos de Canaã (Ex 20.2 - 4,23; 23.13,24,32; Lv 19.4;
26.1; Dt 7.5,25; 12.3). Após a conquista da Terra prometida, os hebreus não
expulsaram completamente os pagãos como Deus havia ordenado (Jz 2.1 - 3). Isto
se tornou um laço para eles, pois aderiram facilmente ao culto idólatra (Jz
2.11; 3.7,12; 4.1; 6.1; 10.6; 13.1). Nos períodos de apostasia, os profetas
foram levantados por Deus para advertirem aos israelitas que se abstivessem do
paganismo (I Rs 14.9; Is 2.8,9; 57.5; Jr 1.16). Porém, o povo de Deus não os
ouviu, e, por isso, experimentaram, o amargo cativeiro (II Rs 17.1 - 23; II Cr
36.11 - 21).
Novo Testamento.
Se a idolatria era combatida com rigor no AT, não foi
diferente no NT. O Senhor Jesus condenou o amor à riqueza, que é uma forma de
idolatria (Mt 6.24). A recomendação apostólica feita no Concílio de Jerusalém condenou
severamente a adoração a ídolos (At 15.28,29). Os apóstolos combateram
veementemente o envolvimento dos cristãos com essa prática pagã. Paulo, por
exemplo, exortou aos cristãos de Corinto a fugirem da idolatria (I Co 10.14); e
condenou a avareza, que também é uma forma de idolatria (Cl 3.5). O apóstolo
Pedro e João também condenaram as práticas idólatras (I Pe 4.3; I Jo 5.21).
II – O FASCÍNIO DA
IDOLATRIA
Se a Bíblia diz que o ídolo, em si, nada é ( Jr 2.11; 16.20;
I Co 8.4; 10.19,20) e as imagens de escultura são abomináveis (Is 44.19);
pedras de tropeço (Ez 14.3); e vaidades (Jr 14.22; 18.15); por que a idolatria
era tão comum ao povo de Israel? Vejamos os dois principais motivos:
As nações pagãs que circundavam Israel criam que a adoração
a vários deuses era superior à adoração a um único Deus. Noutras palavras:
quanto mais deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência dessas nações e constantemente
as imitava, ao invés de obedecer aos man damentos divinos, no sentido de se
manter santo e separado delas (Js 24.14,15) ( STAMPS, 1995, p. 446). Por isso,
muitas vezes, Deus advertiu o seu povo. No Decálogo, os dois primeiros
mandamentos são contrários diretamente à idolatria (Êx 20.3,4; Dt 5.6 - 8).
Esta ordem foi repetida em outras ocasiões (Êx 23.13,24;
34.14 - 17; Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; II Rs 17.35,37,38). O Senhor
Deus ordenou também a destruição dos ídolos das nações que habitavam na terra
de Canaã (Êx 23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).
Os deuses pagãos não requeriam das nações vizinhas de Israel
o tipo de obediência que Deus requeria.
Por exemplo, muitas das religiões pagãs incluíam imoralidade
sexual religiosa em seus cultos, tendo para isso prostitutas espirituais. Essa
prática, sem dúvida, atraía o povo de Israel” ( STAMPS, 1995, p. 446). Por
isso, muitas vezes, o povo de Israel deixou de servir e adorar ao Único Deus
Verdadeiro (monoteísmo) e passou a prestar culto a outros deuses (politeísmo),
como podemos ver em (Êx 32.1-18; II Rs 17.7 - 23; Is 1.2 - 4; Jr 2.1- 9).
Por intermédio dos salmistas e profetas, o Senhor Deus não
apenas condenou as práticas idólatras, mas, também demonstrou que os ídolos são
vãos e inúteis e não podiam garantir a Israel o que eles almejavam (Sl 115.4 - 8;
13 5.15 - 18; Is 44.9 - 20; 46.1 - 7; Jr 10.3 - 5).
III - FORMAS DE IDOLATRIA
IV - PORQUE NÃO
DEVEMOS ADORAR A ÍDOLOS
Porque Deus é uno.
Apesar de a Bíblia mencionar a
existência de deuses estranhos (Gn 35.2); novos deuses (Dt 32.1); e deuses fundidos (Êx 34.17); ela é enfática em
revelar o monoteísmo, ou seja, a existência de um Único Deus verdadeiro, que
subsiste em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mt
3.16,17); e que deve ser o objeto exclusivo do amor e obediência (Dt 6.4; Is
42.8; Mc 12.29,32; Jo 17.3; I Co 8.4,6). Estes e outros textos das Sagradas
Escrituras também tornam - se a base da proibição da adoração a outros deuses
(Êx 20.2; Dt 5.6 -9).
Porque Deus é
espírito.
Sendo
Deus um ser espiritual (Jo 4.24), Ele não está sujeito as limitações às quais
estão sujeitos os seres humanos dotados de corpo físico. Ele não possui partes
corporais e não está sujeito às condições de existência natural. Logo, é
impossível que uma imagem possa representar sua glória e majestade. Além disso,
Deus é transcendente e insondável, ou seja, Ele ultrapassa a compreensão
humana, e, por isso, não pode ser representado por um ídolo feito de madeira,
prata ou ouro (Is 40.18,25; 46.5). Por isso, Deus proibiu terminantemente que
os israelitas fizessem imagem de escultura (Êx 20.4; Dt 4.15,16; 23 - 28;
5.8,9).
Porque adorar a ídolos
é cultuar aos demônios.
A Palavra de Deus nos revela que quem oferece sacrifícios aos ídolos,
oferece aos demônios (Lv 17.7; Dt 32.17; II Cr 11.15; Sl 106.37; I Co
10.20,21). Por trás das imagens de escultura existem entidades demoníacas que
ouvem as preces dos fiéis, e até operam favoravelmente por eles, com o intuito
de aprisiona - los cada vez mais na idolatria. Eis o porquê de tantas pessoas
pagarem promessas nos denominados “dias santos” e nas festividades dos
padroeiros. Satanás, como “deus deste século” (II Co 4.4) tem poder para
realizar benefícios físicos e materiais com intuito de enganar as pessoas (Ap
13.2 - 8,13; 16.13,14).
CONCLUSÃO
A Palavra de Deus
proíbe terminantemente a adoração a outros deuses.
Este mandamento foi ordenado não apenas
no Decálogo, mas, em toda a Bíblia. O povo de Israel não atentou para este
mandado divino, e, por isso, sofreu as devidas consequências. Ainda hoje,
muitas formas de idolatria são praticadas no mundo, como a angelolatria,
mariolatria, zoolatria, além de outras. Mas, jamais devemos adorar ídolos,
pois, Deus é Único, é um ser espiritual e quem adora a ídolos, na verdade, está
adorando a os demônios. Por isso, o mandamento divino permanece de pé: “não
terás outros deuses diante de mim” (Dt 5.7).
REFERÊNCIAS
· STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
· CHAMPLIN, R. N.Enciclopédia de Bíblia, Teoogia e Filosofia. HAGNOS.
· ANDRADE, Claudionor Correa de Dicionário Teológico. CPAD
Um comentário:
Valeu meu irmão Mickel, uma forma direta de abordagem da lição sem rodeios. que Deus continue te abençoando, e que seus comentários continue alcançando vidas.
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