INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos sobre a
definição etimológica da palavra discípulo. Também veremos como Jesus escolheu
seus primeiros discípulos/apóstolos, e quais as características de um
verdadeiro seguidor do Mestre.
I – DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA DA
PALAVRA DISCIPULO
A palavra discípulo do grego "mathetes" significa literalmente: "aprendiz" que é derivado
de "manthano" que é "aprender", e é aludido aos discipulos de
Jesus (Jo 6.66; 8.31; 13.35; 15.8;
19.38; Lc 6.17) e especialmente aos doze apóstolos (Mt 10.1; Lc 22.11) e em Atos 6.1,2,7; 14.20,22,28; 15.10; 19.1
descreve aqueles que creram em Jesus e confessaram o seu nome. Um discípulo não
era somente um aluno, mas um partidário, eram imitadores do seu mestre (Jo 8.31; 15.8). Variantes dessa expressão ocorrem mais de 290
vezes apenas nos evangelhos e em Atos. Embora a palavra “discípulo” seja encontrada
apenas duas vezes no AT (Is 8.16; 19.11), o
conceito era largamente praticado, Josué foi discípulo de Moisés (Êx 24.13; 33.11), Rute aprendeu com
Noemi (Rt 1.16-18), Samuel dirigiu
uma escola de profetas (ISm 19.20) e
Eliseu foi discípulo de Elias (2Rs
2.1-15).
II - COMO JESUS CHAMOU SEUS
DISCÍPULOS
Não podemos confundir os apóstolos com
os discípulos, pois, todo apóstolo foi um discípulo, mas, nem todo discípulo
foi escolhido como um apóstolo. Tornar-se discípulo é bem diferente de
tornar-se um aluno, pois, no discipulado, o seguidor passa a conviver com o seu
mestre e a viver como ele (1Pe 1.14-19;
2.15,16; 1Jo 2.3-6) e esse aprendizado é exercido diuturnamente. Os homens
que Jesus chamou para andar perto eram homens simples e comuns, mas que tinham em
suas vidas algo que atraiu o olhar e a atenção de Jesus sobre eles. Analisemos:
Ir. Elda Duarte
Quatro atitudes indispensáveis para ser discípulo de Jesus.
"E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Marcos 8; 34".
Ir. Elda Duarte
Quatro atitudes indispensáveis para ser discípulo de Jesus.
"E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Marcos 8; 34".
1) Querer vir a Jesus;
2) Negar-se a si mesmo;
3) Tomar a sua cruz.
4) Segui-lo;
Jesus foi bem claro quando disse; "'Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. João 6; 37". Jesus quer ser seguido espontaneamente, ser amado merecidamente, e que entreguemos a ele a nossa vontade, a ponto de dizermos: "...não mais eu, mas Cristo vive em mim, e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gál. 2; 20". Tomar a nossa cruz, de maneira consciente, sem reclamações, sem dúvidas, sabendo que Ele (Jesus) nos deu o exemplo em tudo. E, por fim Segui-lo com convicção "...para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. João 6; 68".
Ser discípulo de Jesus é a mais sublime e acertada escolha.
2) Negar-se a si mesmo;
3) Tomar a sua cruz.
4) Segui-lo;
Jesus foi bem claro quando disse; "'Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. João 6; 37". Jesus quer ser seguido espontaneamente, ser amado merecidamente, e que entreguemos a ele a nossa vontade, a ponto de dizermos: "...não mais eu, mas Cristo vive em mim, e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gál. 2; 20". Tomar a nossa cruz, de maneira consciente, sem reclamações, sem dúvidas, sabendo que Ele (Jesus) nos deu o exemplo em tudo. E, por fim Segui-lo com convicção "...para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. João 6; 68".
Ser discípulo de Jesus é a mais sublime e acertada escolha.
Ele buscou a direção do Pai na
escolha (Lc 6.12).
Jesus passou uma noite orando em favor
dessa sublime causa. Ele buscou a vontade e a direção do Pai para fazer essa
escolha. Ele escolheu os seus discípulos pela orientação do céu. Devemos
submeter a nossa vontade à vontade sábia e soberana de Deus. Os critérios
humanos são falhos. As aparências enganam (1Sm
16.7). Se não seguirmos a vontade de Deus, conforme estabelecida em sua Palavra, podemos
fazer escolhas erradas.
Ele escolheu homens para andarem com
ele (Lc 6.13-16).
A palavra “cristão” foi usada
originariamente por gentios, para se referir àqueles discipulos que seguiam a
Cristo (At 11.26; 26.28; IPe 4.1 6).
Jesus designou os doze apóstolos para estarem com ele. O que nos qualifica para
a liderança não é o ativismo, mas a intimidade com Deus. O ser vem antes do fazer.
Deus está mais interessado em caráter do que em carisma. Jesus
chamou os discípulos para estarem com ele. Esse é o primeiro chamado da
liderança. Não podemos cuidar do rebanho se não conhecemos intimamente o Senhor
do rebanho.
Ele chamou homens simples para
fazer parte da liderança da igreja (Mt 4.18-22). Jesus escolheu doze homens totalmente diferentes. Ele não
escolheu esses homens porque eram perfeitos ou super-dotados. Jesus investiu
neles, trabalhou com eles, gastou tempo com eles. Ensinou-os, corrigiu-os e
amou-os. Depois, revestiu-os com o poder do seu Espírito (At 2.4). Suas vidas não continuaram sendo as mesmas. Eles foram
transformados pelo Espírito de Deus (At
1.8).
III - CARACTERÍSTICAS DE UM
VERDADEIRO DISCÍPULO
Discípulos fiéis se caracterizam por qualidades como:
- Permanecer na Palavra de Jesus,
- Demonstrar fé inabalável e lealdade a ele,
- Ter amor uns pelos outros,
- Andar na luz,
- Produzir frutos e
- Prestar serviço humilde uns aos outros (Jo 8.31-36; 13.34-35). O discipulado exige também obediência (Lc 6.46).
Vejamos algumas
características do verdadeiro discípulo:
O verdadeiro discipulo enfrenta os
desafios diários (Lc 9.23-27).
Jesus falou claramente a respeito do
custo do discipulado (Mc 8.34-38; Lc
14.25-33), salientando que envolveria sofrimento (Jo 12.24-26). Ele convocou seus seguidores a negar a si próprios,
tomar a cruz, colocá-lo acima de todos os outros relacionamentos e assumir uma
posição ao seu lado. O padrão de missão de Jesus como Filho do Homem (Lc 9.22,26) é ser o modelo diário de
discipulado. Isso envolve o mesmo caminho de conquista própria e participação
no sofrimento.
O verdadeiro discipulo renuncia
sua própria vida (Lc 9.23-27).
Os seguidores de Jesus são convocados a
“tomar sua cruz” dia após dia (Lc
9.23). De acordo com Jesus, tomar diariamente a cruz significa que o
discipulado é uma tarefa extremamente dolorosa, pois significa uma autodoação e
um esquecimento de si mesmo. Tomar a cruz quer dizer que a vida cristã é um
morrer diário para si próprio, assim como faz Paulo quando diz: “Dia após dia, morro...” (ICo 15.31). Mais tarde, Lucas apresenta Simão de Cirene cumprindo
literalmente essa convocação de seu Senhor: "... puseram-lhe a cruz sobre os ombros,
para que a levasse após Jesus” (Lc 23.26).
O verdadeiro discipulo é
disponível (Mt 4.18-22).
Sempre que tiver oportunidade, o
verdadeiro discípulo está disponível e ansioso por estar com seu líder. Sua
disponibilidade demonstra a importância que ele dá ao relacionamento de discipulado
e o Reino de Deus em sua vida. Cada convite para o discípulo verdadeiro é uma
oportunidade de crescer e servir. Podemos aprender mais sobre discipulado
observando o relacionamento entre Jesus e seus discípulos. O discipulado dos
doze foi uma resposta pessoal ao chamado de Jesus (Mc 1.16-1 7; Jo 6.60-70) e envolveu o abandono de seus próprios interesses
e confortos (Lc 9.57-62).
O verdadeiro discipulo ama seu
mestre (Mc 3.14; Lc 6 12.13).
Jesus cumpriu as palavras da Antiga
Aliança que nos ensinam a amar a Deus acima de tudo (Dt 6.5; Mc 12.30,31). Isso não significa deixar de amar a todos e
a tudo, mas sim amar mais a Jesus. Na medida em que o meu amor por Jesus
cresce, cresce também o meu amor pelas vidas ao meu redor, pela minha família e
por mim mesmo (Jo 21.14; Lc 14.26). Marcos
3.14 nos diz que: "os escolheu para que
estivessem com ele". Isto quer
dizer que Jesus os chamou para que fossem seus amigos (Jo 15.15). É a palavra no grego "summathetes" que significa: "discípulo
companheiro" ou a expressão "mathetes adelphon" que é: "discipulo irmão". É surpreendente que
Jesus precisasse de amigos humanos e os escolheu. "... e chamou para si os que ele
quis..." (Mc 3.13).
O verdadeiro discipulo é submisso
(Mc 10.42-45).
No Dicionário submisso quer dizer dócil
e servo, o verdadeiro discípulo reconhece que Deus não aceita menos que um
espírito quebrantado e contrito. (Sl
51.17). A falta de submissão é como um câncer que cresce dentro de alguém,
ás vezes a pessoa nem percebe que tem essa doença, mas ele fica quieto, não dá
sinais visíveis, mas num determinado instante estoura e destrói tudo que está
por perto. (I Sm. 15.24). Existem três áreas que mais claramente é
manifestada a rebeldia do homem: Em palavras, argumentação e pensamentos.
O verdadeiro discipulo é fiel e
frutifica (Jo 15.7, 8,12).
O Aurélio diz que fidelidade significa:
“qualidade de fiel; lealdade,
constância, firmeza nas afeições, nos sentimentos; perseverança”. Dar frutos é reproduzir a vida de Jesus em nós e em outras
vidas. É ser um gerador de discípulos, um consolidador e um pai espiritual. Um
discípulo tem que permanecer na Videira que é Jesus. Assim a seiva, a vida
Dele, flui em nós e podemos dar fruto que também permanecerá. Permanecemos Nele
por meio da obediência à Sua Palavra, do amor, da adoração, da oração e da comunhão
com a Igreja.
O verdadeiro discipulo faz
discípulos (Mt 28.19; Jo 15.2).
Ser um discípulo implica vinculação
pessoal a uma pessoa em particular que molda toda a vida do discípulo. O aprendiz
vive com seu professor, aprendendo ao observar, ouvir e participar de tudo o
que o mestre faz. O aprendizado termina
somente quando o aprendiz pode fazer o que o mestre faz. Essa transmissão de
conhecimento e experiência é essencial, pois não existe sucesso sem um
sucessor. Um caminho certo para preparar um
sucessor é discipulá-lo (2Rs 2.1-14; 2Tm
1.3-6). A maturidade do discípulo está em se tornar semelhante a Jesus
tanto em Seu caráter quanto em Suas obras. Nossa missão é fazer discípulos, mas
ninguém pode cumprir esta ordem de Jesus se primeiro não for um discípulo.“Você não será um discípulo de Cristo até que
tenha discipulado outro discípulo”.
O verdadeiro discipulo é
perseverante, humilde e serviçal (Fl 2.5).
Jesus, abrindo mão de sua glória e vivendo
como homem, deu-nos o maior exemplo para sermos seus discípulos. Como líder,
Ele lavou os pés dos seus discípulos e nos enviou para sermos como Ele. Servir
é uma doação de amor ao Senhor e ao próximo. É Deus quem exalta os servos humildes.
O caminho para um discípulo crescer em autoridade e honra é a humildade e o
serviço. O orgulho, egoísmo, soberba, e altivez não podem pertencer a um
caráter semelhante ao de Jesus (Mt 20.28
23.11,12; Mc 9.35; Jo 12.26; 13.12,15; Gl 5.13).
O verdadeiro discipulo imita seu
Mestre (1Co 4.16; 11.1; Ef 5.1; Fl 3.17; Hb 6.12; 13.7).
O verdadeiro discípulo do Mestre tem
uma marca, uma característica que o identifica em qualquer parte do mundo, ou
em qualquer cultura. São valores e privilégios inerentes a todos os salvos através
da graça do Senhor Jesus Cristo. O verdadeiro discípulo é um imitador de Jesus (1Co 11.1). Discípulos são também
imitadores que tentam agir como seus mestres. Recebemos a ordem de imitar a
conduta dos nossos mestres (2Ts 3.7,9),
a fé confiante dos guias espirituais (Hb
13.7) e aquilo que é bom (3Jo 11).
Paulo encorajou aqueles a quem levou a Cristo a imitá-lo (1Co 4.16; 11.1; Ef 5.1; Hb 6.12).
CONCLUSÃO
Ser discípulo de Jesus é viver como Ele
viveu, andar como Ele andou e imitá-lo em todas as áreas do nosso viver! Isso é
o que significa discipulado: treinar cristãos até que eles se tomem capazes de
servir ao reino. Precisamos ensiná-los a viver corretamente e treiná-los nas
armas da guerra espiritual. Muitas vezes, seguir o discipulado de Jesus pode
levar ao sofrimento, mais temos a certeza que isso é para uma finalidade, pois,
a luz serve para iluminar, indicar a direção no escuro. De igual modo, o
discípulo precisa ser visível, por isso, o discipulado cristão exige
sinceridade, por mais que lhe seja custoso.
REFERÊNCIAS
EIMS, LeRoy A
arte perdida de fazer discípulos. Editora Atos. 2002.
WESLEY, Jessé.
Você Realmente é um Discípulo? Editora No Teu Esconderijo. 2006.
ADEYEMO
,Tokunboh et al. Comentário bíblico africano. Mundo Cristão
STAMPS, Donald
C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
VINE, W.E, et al. Dicionário
Vine. CPAD.
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