Porque nada
podemos contra a verdade, senão pela verdade.
2Co 13.8
PÁSCOA?
Muitas
pessoas esperam o famoso dia para receberem seus ovos de chocolate conhecidos
como “ovos de páscoa”, do “coelhinho de páscoa”, e a expressão “coelhinho da
páscoa, que trazes pra mim?”, como será que surgiu esse termo usado na mídia e
ensinado também nas escolas?
Essa
breve nota tem como objetivo explicar o verdadeiro sentido da páscoa não
defendendo o ponto de vista pessoal e sim bíblico, já que vivemos em meio uma
geração “alienada pela mídia” carente do conhecimento da Palavra de Deus.
OBS.
Aberto a questionamento
Páscoa no Judaísmo
Segundo a Bíblia (Livro do EXODO), Deus mandou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Moisés que todos
os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da
destruidor por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o
povo de Israel deveria imolar um cordeiro,
passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e o anjo
passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros.
Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do
Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.
Origem do nome
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante
o Pesah, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de
seu povo escravizado no Egito. Segundo e Bíblia a Páscoa é a Festa em que os
israelitas comemoram a libertação dos seus antepassados da escravidão no Egito
(Êx 12.1-20; Mc 14.12). Cai no dia 14 de NISÃ (mais ou menos 1 de abril). Em
hebraico o nome dessa festa é Pessach. A FESTA DOS PÃES ASMOS.
ü Ex 1 – 14
E falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: Este mesmo mês
vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.
Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um
para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa.
Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só com seu
vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; conforme o comer de
cada um, fareis a conta para o cordeiro. O cordeiro, ou cabrito, será sem
mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras e o
guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da
congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue e pô-lo-ão em
ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela
noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a
comerão. Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao fogo;
a cabeça com os pés e com a fressura. E nada dele deixareis até pela manhã; mas
o que dele ficar até pela manhã, queimareis no fogo. Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos
nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa
do Senhor. E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo
primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos
os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor. E aquele sangue vos será por
sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e
não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em
hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não
só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem
do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a
liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário,
segundo os cálculos que se indicam a seguir.
No português, como em muitas outras línguas, a
palavra Páscoa origina-se do hebraico Pesah. Os espanhóis chamam a festa de
Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão,
respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach
(Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês
germânico, ou de Eostre, uma
deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos,
no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do século VII. Porém, é importante mencionar
que Ishtar é cognata de Inanna e Astarte (Mitologia Suméria e Mitologia Fenícia), ambas ligadas a fertilidade, das quais provavelmente o mito de
"Ostern", e consequentemente a Páscoa (direta e indiretamente),
tiveram notórias influências.
Páscoa Cristã (Catolicismo)
A Páscoa cristã celebra a Ressurreição de Jesus
Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde
ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais
importante da religião cristã. Muitos costumes ligados ao período pascal
originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do
Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas
do calendário judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos
israelitas do Egito, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem,
assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus
discípulos é narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que
acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura
da hecatombe dos cordeiros do Pessach. Assim, a última ceia teria ocorrido um
pouco antes desta mesma festividade.
A festa tradicional associa a imagem do coelho, um
símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a
luz solar, dados como presentes. De fato, para entender o significado da Páscoa
cristã atual, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos
pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em
inglês, Easter quer dizer Páscoa. Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera,
que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade,
pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são
símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a
Deméter. Na mitologia romana, é Ceres.
Tradições pagãs na Páscoa
Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos
cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas; em grande parte dos
países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido
substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na
Bíblia e portanto, este é uma alusão a antigos rituais pagãos. A primavera,
lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação
associados a deusa nórdica Gefjun.
A lebre (e não o coelho) era o símbolo de Gefjun.
Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas
de uma lebre sacrificada. Claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes
pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas
entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta
rima.
A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e,
portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade.
Seus cultos pagãos foram absorvidos e misturados pelas comemorações
judaico-cristãs, dando início a Páscoa comemorado na maior parte do mundo
conteporâneo.
A última Páscoa. A Santa Ceia (Mt 26.17-30; Mc 14.12-26; Lc 22.1-23)
ü Lc 22.7-
23 Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava sacrificar a
Páscoa. E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para
que a comamos. E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? E ele lhes
disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um
cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. E direis ao pai de
família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a
Páscoa com os meus discípulos? Então, ele vos mostrará um grande cenáculo
mobilado; aí fazei os preparativos. E, indo eles, acharam como lhes havia sido
dito; e prepararam a Páscoa.
üE,
chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos. E disse-lhes:
Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, porque vos digo que
não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de Deus. E, tomando o cálice
e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, porque vos digo
que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus.
üE,
tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu
corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. Semelhantemente, tomou
o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu
sangue, que é derramado por vós. Mas eis que a mão do que me trai está comigo à
mesa. E, na verdade, o Filho do Homem vai segundo o que está determinado; mas
ai daquele homem por quem é traído! E começaram a perguntar entre si qual deles
seria o que havia de fazer isso.
ü
Conclusão
Portanto para nós cristãos protestantes e
conservadores da genuína doutrina bíblica não temos dúvida que a páscoa é um
ensinamento da Palavra de Deus e o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo deu um
novo sentido a esse termo, hoje celebrado mensalmente pelos servos como “Santa
Ceia”.
Que Deus nos ajude e possamos nos basear nos
Ensinamentos das Sagradas Escrituras para que os nossos pés estejam alicerçados
até o Dia do Arrebatamento, ...e assim estaremos sempre com o Senhor...1Ts
4.17
Fonte:
Bíblia de Estudo Ilúmina Gold
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