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16/03/2013

LIÇÃO 11 – OS MILAGRES DE ELISEU - 1º TRIMESTRE 2013




INTRODUÇÃO

Os poderosos milagres do Senhor através do profeta Eliseu (2 Rs 2.21,22; 4.36,37; 4.43; 5.14; 6.6; 7.1), mostram que Deus controla não apenas os grandes exércitos, mas também os acontecimentos da vida cotidiana. Quando ouvimos e obedecemos a Deus, Ele nos mostra seu poder de transformar qualquer situação. O cuidado de Deus é para todos aqueles que estão dispostos a segui-lo. O Senhor tem todo o poder para realizar milagres em nossa vida (Gn 5.24; Êx 3.2; Nm 22.28; Js 3.16; At 3.1).

I – A PORÇÃO DOBRADA DO ESPÍRITO

Antes de ser levado aos céus, Elias perguntou a Eliseu o que ele desejava receber para exercer o seu ministério. Eliseu então sabiamente lhe respondeu: “Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim” (II Rs 2.9-b). Segundo Donald C. Stamps, comentarista da Bíblia Pentecostal, o termo “porção dobrada” não significa terminantemente o dobro do poder espiritual de Elias; refere-se antes, ao relacionamento entre pai e filho, em que o filho primogênito recebia o dobro da herança que os demais (Dt 21.17). Eliseu estava pedindo que seu pai espiritual lhe conferisse uma medida abundante do seu espírito profético, para, deste modo, ele executar a missão de Elias. É um fato curioso que o número de milagres que Deus operara por intermédio de Eliseu foi o dobro do que realizara através de Elias. Vejamos isso no quadro abaixo:

MILAGRES DE ELIAS REFERÊNCIA

Profetizou que não choveria por três anos e meio e não choveu I Rs 17.1 / Tg 5.17
Disse que a farinha e o azeite da viúva se multiplicariam I Rs 17.14-15
Orou para que o filho da viúva ressuscitasse e ele reviveu I Rs 17.21-22
Orou para que caísse fogo do céu sobre o altar e assim aconteceu I Rs 17.37-38
Pediu que caísse fogo do céu sobre os soldados e eles foram consumidos II Rs 1.9-12
Feriu com a capa as águas do Jordão e ele se abriu II Rs 1.8

MILAGRES DE ELISEU REFERÊNCIA

O rio Jordão é separado II Rs 2.14
As águas perto de Jericó são saradas II Rs 2.19
As ursas devoram os rapazinhos por ordem de Eliseu II Rs 2.23-24
Vinte pães satisfazem cem homens II Rs 4.42-44
O azeite da viúva é multiplicado II Rs 4.1
O filho da sunamita é ressuscitado II Rs 4.31
A comida envenenada é purificada II Rs 4.38
Naamã é curado da lepra II Rs 5.1
Geazi é punido com a lepra de Naamã II Rs 5.20-27
O machado flutua II Rs 6.1
Soldados inimigos cegados II Rs 6.18
Um homem ressuscitado quanto tocou nos ossos do profeta II Rs 13.20-21

II – TRÊS PROPÓSITOS DOS MILAGRES

Glorificar a Deus. Os milagres narrados nas Escrituras, tanto no Antigo como em o Novo Testamento, objetivam a glória de Deus. Em nenhum momento encontramos os profetas e apóstolos, buscando chamar a atenção para si (II Rs 5.15,16; Dn 2.27,28; At 3.8,12; 14.14,15);
Dar uma resposta a necessidade humana. Todos os textos narrando os milagres realizados através de Eliseu deixam bem claro que os mesmos ocorreram em resposta a uma necessidade humana e também em resposta ao sofrimento humano (2 Rs 4. 1-7; 4. 8-38; 5.1-19; 6.1-7);
Propiciar evidências para que haja fé em Deus. Os milagres operados pelo profeta Eliseu são uma clara demonstração do poder de Deus. Todos eles tiveram como propósito especifico despertar a fé no único Deus Verdadeiro, que demonstra a sua graça e glória nas mais diferentes situações na vida, como o general Naamã que recebeu uma cura divina (2 Rs 5.1-19).

III - A CONTEMPORANEIDADE DOS MILAGRES

Há os que defendem a teoria de que os milagres eram restritos à era apostólica e afirmam que os sinais sobrenaturais e os dons do Espírito Santo, foram enviados com o propósito exclusivo de confirmar a divindade de Jesus, e autenticar os primeiros pregadores do Evangelho e sua mensagem. Argumentam também que a necessidade de tais manifestações sobrenaturais cessaram depois de completado o Novo Testamento, porém a Bíblia nos mostra que os milagres de Deus são necessários ainda hoje, porque confirmam a pregação do evangelho (Mc 16.20). Jesus fez uma excelente promessa dizendo: “E estes sinais seguirão aos que crerem” (Mc 16.17). Logo, a manifestação de sinais ficou restrita a era dos apóstolos, pois a fé é a principal condição para que estes sinais ocorram (Mt 21.22; Jo 11.40). É necessário destacar também que dentre as insondáveis riquezas espirituais que Deus coloca à disposição da sua Igreja na terra, destacam-se os dons sobrenaturais do Espírito Santo, entre os quais estão os dons de poder (I Co 12.7-11). Como o próprio nome já diz, são dons que transmitem poder, através de operações sobrenaturais. É o poder de Deus concedido ao crente para ele realizar maravilhas:
O Dom da Fé (I Co 12.9). Esse Dom opera frequentemente em conjunto com os dons de curas e operação de maravilhas. Não se trata da fé natural nem da fé para a salvação, mas uma Fé sobrenatural capacitando o crente a crer em Deus, para a realização de milagres extraordinários como a cura de doenças incuráveis, ressurreição de mortos ou a realização de coisas impossíveis pelos meios naturais. O Dom da Fé é a capacitação sobrenatural do crente para crer no impossível (Gn 22.5; Mt 8.1-3; Mc 1.22-24; Lc 17.6; Hb 11);
Os Dons de Curar (I Co 12.9). Os dons de curar são dados à Igreja para, por meios divinos, proporcionar a restauração da saúde do corpo físico. A palavra “dons” no plural pode sugerir a multiplicidade desses dons, bem como a cura de diferentes tipos de enfermidades, de acordo com o Dom que se recebe (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30; 19.11,12; 28.7,8). Os dons de curar não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (I Co 12.11,30), todavia, todos podem orar pelos enfermos, na autoridade do nome de Jesus (Mc 16.17,18), e havendo fé, os enfermos serão curados. Pode haver também cura de enfermidades através da unção com óleo, conforme ensinou o apóstolo Tiago (Tg 5.14-16);
Dom de Operação de Maravilhas (I Co 12.10). Esse Dom manifesta-se como os demais, de maneira sobrenatural, geralmente sendo uma intervenção divina nas leis da natureza. É Deus modificando as leis naturais para manifestar o seu supremo poder (Js 10.12-14; At 9.36-42; 20.9-12). Sempre que o Dom de Operação de Maravilhas se manifesta, os resultados são imediatos e visíveis (At 2.43; 8.5-8,13; 19.11).

IV - COMO RECEBER O MILAGRE DE DEUS

Podemos destacar o personagem bíblico Naamã, como alguém que tomou as atitudes certas para receber o milagre de Deus. Vejamos quais foram:
Naamã creu. Ao ouvir por sua esposa o que havia sido dito por uma menina que estava em sua casa, de que havia um profeta em Samaria que poderia conduzi-lo a cura de sua lepra ele creu: “Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel” (II Rs 5.4);
Naamã buscou ao Senhor. A Bíblia diz que Naamã residia na Síria e o profeta estava em Samaria. No entanto, motivado pela fé, ele foi em busca do homem de Deus a fim de receber o favor divino: “Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu” (II Rs 5.9);
Naamã se humilhou. A princípio, o general sírio, não gostou da forma como o homem de Deus lhe tratou e do que recomendara fazer para que fosse curado. Por ser uma autoridade esperava um tratamento diferenciado segundo seus próprios conceitos (II Rs 5.10-12). Porém ao ser aconselhado servos que foram com ele a casa do profeta Eliseu, ele resolveu deixar o seu ego de lado e se submeter a direção divina dita pelo profeta: “Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus” (II Rs 5.14-a);
Naamã perseverou. O texto bíblico nos informa que além do profeta anunciar o lugar onde o general haveria de mergulhar, diz também quantas vezes era necessário. Isto exigia de Naamã agir com perseverança: “Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado” (II Rs 5.14).

CONCLUSÃO

Os milagres são operações de caráter divino, fazendo intervenções na esfera física podendo ser vistos na cura de doentes, na multiplicação de víveres, na intervenção sobre os elementos da natureza e até na ressurreição de mortos. Mas os milagres ainda seguem um padrão: eles seguem os que creem, conforme (Mc 16.17). Esperar milagres da parte do Senhor é importante, mas não é a essência da vida cristã; e a presença constante de milagres não garante necessariamente a fé e a fidelidade das pessoas. Devemos aprender que precisamos ter comunhão com o Senhor Deus, independente de que Ele realize milagres ou não.

REFERÊNCIAS

CHAMPLIN, R.N. Enciclopedia de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

13/03/2013

O cabelo de JESUS seria comprido?




Muitas vezes tenho dito aos irmãos que JESUS não usaria um cabelo comprido. Algumas pessoas têm criticado essa minha afirmação e não as culpo pois o mundo pinta um JESUS que na realidade não é o nosso, fazendo com que as pessoas visualizem um efeminado de cabelos cacheados e de aparência frágil como um homem do século XX.
Veja este Interessante estudo e analise, a palavra de DEUS é o nosso prumo.
 
Jesus tinha cabelo comprido?
Somos muitas vezes confrontados (em livros, obras de arte, escritos, imagens várias) com expressões gráficas tentando representar a face física do Senhor Jesus Cristo. Sendo certo que este é um tema que muitas pessoas receiam em falar, devemos pôr um ponto de ordem, já que estão a denegrir o Nosso Senhor e Salvador. E isto porque todas as tentativas que existam de forma a querer representar a face do Senhor Jesus não passam disso mesmo: meras tentativas, já que ninguém sabe como Ele era fisicamente nem existem quaisquer vestígios pertencentes a Ele.
 
A visão do Senhor Jesus com cabelo comprido surgiu no século IV com o chamado "Santo Sudário", um tecido onde está incrustada uma face que a Religião Católica fez convencer pertencer ao Senhor Jesus, de forma a qual amuleto servir de santuário para milhões de peregrinos e prosélitos vilmente enganados na sua ignorância.
 
Mas será que Jesus tinha mesmo cabelo comprido ? Vejamos a história e abramos a Bíblia. Sabemos que o Senhor Jesus viveu na terra de Israel, na altura sob o domínio do império Romano. Ora, o cabelo curto nos homens não é fruto da cultura moderna. Os livros de história e as estátuas dos legionários romanos mostram todos os homens com cabelo curto (bem curto, mesmo). Quem ditava a «moda» era o imperador e todos os imperadores e capitães romanos, antes e depois de Jesus, desde Júlio César a Trajano não tinham cabelo comprido.
 
Antes do período romano, a cultura predominante na zona oriental do Mediterrâneo, incluindo a Judéia, foi a grega. Nos tempos do Senhor Jesus, grande parte da população judia era de cultura helênica e falava grego (João 12:20; Atos 6:1) - aliás, os livros do Novo Testamento estão escritos precisamente em grego. O estilo no cabelo era o mesmo, ou seja, curto. Basta ver as estátuas dos filósofos Aristóteles, Platão, Sócrates... alguns usavam barba, mas muitos outros não; todavia,o cabelo era sempre curto.
 
Relativamente aos judeus não helênicos, o Talmude judaico (anterior ao período grego) refere que «os sacerdotes devem cortar-se cada 30 dias». Estes judeus conheciam o mandamento de Ezequiel 44:20: «As suas cabeças não raparão, nem deixarão crescer o seu cabelo». As estátuas e demais reproduções dos varões judeus nos tempos de Jesus mostram claramente que ninguém usava cabelo comprido.
 
Há contudo quem faça confusão por causa de Jesus ser nazareno. Jesus era nazareno porque era da cidade de Nazaré; não era nazireu, que é algo completamente diferente. Este termo (nazireu) prende-se com um voto perante o Senhor Deus quanto ao serviço e dedicação que alguns fizeram. Foi o caso, por exemplo, de Sansão (cfr. Juízes 13:5; 16:17) e João Batista. Aliás, os nazireus estavam sujeitos a regras muito estritas. E quanto a estas, cumpre notar que o Senhor Jesus bebeu vinho (Mt. 11;:19) e numa ocasião tocou num cadáver (Mt.9:25) e ambos estes atos eram proibidos aos que faziam voto de nazireu (Nm.6:3,6).
 
O cabelo comprido que alguns varões usam hoje é fruto da cultura moderna, de aversão a Deus e à sua natureza. Abramos a Bíblia em 1Cor. 11:14. Ali lemos: «não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o varão ter cabelo crescido ?» Se Paulo assim escreveu era impossível Jesus ter cabelo comprido.
 
Os que faziam voto de nazireu deixavam crescer o cabelo em sinal de humildade e submissão. Era precisamente uma vergonha. Por isso, suportavam-na por amor a Deus. Devemos notar que quando terminava o período do voto, o nazireu devia cortar de imediato o seu cabelo (Números 6:18). Não é isto que vemos naqueles que nos dias de hoje deixar crescer o cabelo - geralmente para glória própria (vanglória) e exibicionismo.
 
NÃO. Jesus não tinha cabelo comprido. O seu aspecto era similar ao de qualquer judeu da sua época. Na noite anterior da Sua crucificação, veio uma multidão para o prender. Mas esta multidão não reconheceu quem era Jesus dentre os homens (Jesus e os seus discípulos) que ali estavam. Foi necessário Judas usar um sinal especialmente combinado para O revelar aos seus inimigos: um beijo na face (Mt. 26:48-49). Ele não teria necessidade de o fazer se Jesus tivesse um aspecto que o distinguisse dos demais.
 
Como cristãos, devemos rejeitar todas as formas que possam denegrir o Nome do Nosso Senhor e advertir aqueles que usam cabelo comprido da verdade de 1Cor.11:14. Façamo-lo !
 
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UMA EXORTAÇÃO FINAL
 
Muito me entristeço quando avisto um jovem do sexo masculino com cabelo comprido. É evidente que todas as pessoas têm liberdade para trajar e andar como quiserem. Mas a Bíblia diz: «não vos ensina a natureza que é desonra para o varão ter cabelo crescido». (1Cor. 11:14). Se és jovem, te dizes cristão e usas cabelo comprido, pensa no testemunho que estás a dar. É porventura uma aparência de bem ? Lê 1 Tessalonicenses 5:22, 23 - «Abstende-vos de toda a aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda do Nosso Senhor Jesus Cristo».

09/03/2013

LIÇÃO 10 – HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA - 1º TRIMESTRE 2013




INTRODUÇÃO

O milagre ocorrido na casa da viúva nos tempos do profeta Eliseu traz-nos lições valiosas e perfeitamente aplicáveis aos nossos dias. Veremos os dois fatores principais que motivam a realização do milagre da parte de Deus. Por ser misericordioso, o Senhor atenta para as nossas necessidades e intervém miraculosamente. Ele pode fazer isso diretamente ou através dos seus instrumentos humanos, aos quais concede poder e ousadia para a execução de grandes sinais. Mas ainda veremos que um dos cenários em que acontecem os milagres de Deus é o interior de uma casa.

I – A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE

Podemos enfatizar pelo menos dois aspectos que acarretam na realização de um MILAGRE, de um ato especial de Deus que interrompe o curso natural dos eventos, os quais são: a necessidade humana e a misericórdia divina.
A necessidade humana. O texto de II Rs 4.1-7 nos mostra uma viúva desesperada com a possibilidade de ver o que restou de sua família se desfazer pelas mãos dos credores. Para que a sua casa fosse preservada, ela precisava de um milagre. Em todos os casos na Bíblia, os milagres foram operados, principalmente, na vida daqueles que necessitavam. Vejamos alguns exemplos:
Sara, que era estéril, precisava de um filho, por quem a promessa messiânica teria continuidade (Gn 18.12);
De igual modo, Rebeca e Raquel, esposas de Isaque e Jacó, também eram estéreis e necessitavam de filhos (Gn 25.21; 29.31);
A nação de Israel só conseguiu ser liberta da terra do Egito mediante uma série de intervenções sobrenaturais da parte de Deus, que foram as dez pragas (Ex 7-10);
Na jornada de Israel pelo deserto em direção à terra de Canaã, o povo de Deus experimentou constantes milagres durante quarenta anos, como por exemplo: a descida diária do maná (Êx 16.11-15); a presença constante da coluna de nuvem durante o dia e da coluna fogo durante a noite (Êx 13.21,22); águas amargas que se tornaram doces (Êx 15.23- 25), e águas que fluíram de rochas (Êx 17.5,6).
A misericórdia divina. A palavra misericórdia, hesedh, no hebraico, aponta para uma característica no caráter de Deus e significa: “benevolência, benignidade, compaixão, bondade, fidelidade, amor e beneficência”. É dessa forma que Deus olha para os necessitados. O clamor daquela viúva sensibilizou o coração de Deus, que se moveu para ajudá-la (II Rs 4.1-7), de igual maneira foi que o clamor de Israel, depois de quatrocentos anos de escravidão, chegou até a presença de Deus que, sensibilizado, resolveu libertar o povo (Êx 3.7,8). Também sucedeu assim com Ana, que estava mui aflita por causa de sua esterilidade e derramou as suas lágrimas no templo até que foi atendida (I Sm 1.10-18). Ninguém recebe um milagre por merecimento, senão, por misericórdia.

II – OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE

Todos os milagres autênticos são operados por Deus, pois somente Ele é poderoso para realizá-los. Há ocasiões em que Ele interfere diretamente em determinada situação, sem a instrumentalidade humana. Por exemplo, quando Misael, Ananias e Azarias foram lançados na fornalha de fogo ardente, aquecida sete vezes mais, o “quarto homem” se lhes apresentou e retirou a força do fogo (Dn 3.19-25). Foi uma intervenção direta do próprio Deus. O que acontece, porém, é que na maioria das vezes os milagres de Deus são realizados através do instrumento humano. Observemos alguns casos na Bíblia:
Deus fez questão de mostrar a Faraó e a todo povo de Israel que as suas maravilhas ocorreriam através das mãos de Moisés que, com uma simples vara, operaria todos os grandes sinais (Ex 4.17);
Através de Josué, filho de Num, servidor de Moisés, Deus realizou uma das maiores intervenções de toda a história da humanidade, pois o Sol e a Lua ficaram detidos no mesmo lugar durante um espaço de quase 24 horas. A cosmologia moderna entende que para isso acontecer, é necessário que todo o universo pare de se movimentar. Lembramos, porém, que isso se deu através de um homem (Js 10.14);
Pelas mãos de Elias, o tisbita, grandes sinais foram operados em Israel. Isso aconteceu para que todos reconhecessem que só o Senhor era Deus e que Elias era o seu profeta (I Rs 17.1,13-16,19-24; 18.30-39);
No ministério de Eliseu não foi diferente. O nome do Senhor foi glorificado e Eliseu foi reconhecido como profeta de Deus (II Rs 2.19-22; 3.16-20; 4.1-7, 32-36, 40-44; 6.5,6);
O próprio Jesus exemplifica bem essa realidade, pois na condição humana foi ungido pelo Espírito de Deus para realizar grandes milagres no seu ministério (Mt 4.23,24);
Na igreja primitiva, os milagres ocorriam por mão dos discípulos: “E muito sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos...” (At 5.12). Vemos ainda outros exemplos (At 3.1-8; 5.14-16; 8.5-7; 19.11).
Em todos estes casos, Deus operou o milagre para que o Seu Nome fosse glorificado e o povo o reconhecesse como único Deus verdadeiro, bem como para dar o devido respaldo espiritual àqueles a quem ele chamou para a sua obra.

III – MILAGRES NO NOVO TESTAMENTO
Quando falamos de milagres no Novo Testamento, podemos enxergá-los em duas frentes principais, a saber: no ministério de Cristo e na Igreja Primitiva. Observemos alguns destes milagres nas tabelas a seguir:

MILAGRES DE JESUS REFERÊNCIA
Cura de um leproso Mt 8.2-4
O servo do centurião romano Mt 8.5-13
A sogra de Pedro Mt 8.14,15
Cura de um paralítico Mt 9.2-7
Cura de dois cegos Mt 9.27-31
O homem da mão mirrada Mt 12.10-13
A filha da mulher Cananéia Mt 15.21-28
Um surdo-mudo Mc 7.31-37
Um cego de Betsaida Mc 8.22-26
Dez leprosos Lc 17.11-19
O paralítico do tanque de Betesda Jo 5.1-9
Um cego de nascença Jo 9.1-7

MILAGRES NA IGREJA PRIMITIVA REFERÊNCIA
O coxo que foi curado At 3.6-9
A restauração da vista de Saulo At 9.17,18
A cura de Enéias At 9.33-35
A ressurreição de Dorcas At 9.36-41
A cura de outro coxo At 14.8-10
A ressurreição de Êutico At 20.9,10
Picada de uma víbora não tem nenhum efeito At 28.3-5
A cura do pai de Públio At 28.7-9

IV – HÁ UM MILAGRE EM SUA CASA
Observamos nas páginas das Sagradas Escrituras, o interesse do Senhor em realizar milagres nas casas ou nos lares das pessoas. Isso demonstra o seu interesse pelo bem-estar da família, que é uma instituição estabelecida por Deus aqui na terra.
Temos alguns relatos tanto no Antigo quanto no Novo Testamento de intervenções sobrenaturais nos lares:
Deus prometeu um milagre a Abrão e Sara quando estes estavam em sua casa (Gn 15.1-6; 18.1-10). Deus ainda fala e se revela dentro dos lares;
No ministério de Elias, Deus operou o milagre da provisão material na casa da viúva de Sarepta e também com a ressurreição de seu filho (I Rs 17.8-24). Deus ainda provê o necessário e também vivifica os lares dos seus;
O mesmo aconteceu no ministério de Eliseu. Uma viúva experimentou a provisão divina (II Rs 4.1-7), e uma mulher foi beneficiada com a cura de sua esterilidade e a ressurreição de seu filho (II Rs 4.8-37);
Jesus enviou a sua Palavra e curou o servo de um centurião, que sofria de paralisia e de opressão maligna (Mt 8.5-13). O Senhor ainda repreende males físicos e espirituais que estejam assolando os lares dos crentes;
Jesus curou a sogra de Pedro (Mt 8.14.17). O Senhor pode levantar algum membro da família que porventura esteja prostrado no leito da dor;
Jesus libertou o endemoninhado gadareno e ordenou que ele voltasse para a sua casa (Lc 8.26-39). O Senhor quer entrar com libertação nos lares e restituir o parente que, porventura, tenha ido embora;
Jesus entrou com salvação na casa de Zaqueu (Lc 19.1-10). O Senhor quer salvar todos os membros da família (At 16.31);
Jesus entrou na casa de Jairo e ressuscitou a sua filha (Mt 9.23-26). O apóstolo Pedro fez uma visita a uma casa em que Dorcas estava morta, e o Senhor a ressuscitou (At 9.36-46). Talvez numa visita ministerial esteja a solução para a crise no lar.

CONCLUSÃO

Os milagres são uma realidade bíblica. Nós os vemos no Antigo e Novo Testamentos. Deus, pela sua infinita graça e misericórdia, nos beneficia com os seus feitos miraculosos. Isso Ele o faz com o objetivo de ser glorificado e reconhecido como único Senhor e Deus. Além disso, os instrumentos humanos utilizados para a realização do milagre também são reconhecidos como verdadeiros servos do Senhor. Foi assim com Moisés, Elias, Samuel, Eliseu, Jesus e os apóstolos. Em muitas ocasiões, o Deus dos milagres, utilizou-se de seus servos para operar o sobrenatural dentro de muitas casas. Assim como foi nos tempos bíblicos, certamente será na sua casa, na sua família. Creia!

REFERÊNCIAS
Bíblia de Estudo Palavras Chave. CPAD.
ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.