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22/02/2013

LIÇÃO 08 – O LEGADO DE ELIAS - 1º TRIMESTRE 2013




INTRODUÇÃO

Nesta lição definiremos o que significa o termo legado. Destacaremos qual foi o legado que Elias deixou. Veremos ainda que, apesar de Elias pensar que estava sozinho o Senhor lhe dirigiu a palavra dizendo que havia ainda sete mil adoradores verdadeiros que não se curvaram diante de Baal. Pontuaremos como se deu a chamada, formação e capacitação do profeta Eliseu como substituto de Elias. E, por fim, elencaremos quais as lições que podemos extrair do chamado de Eliseu.

I – O QUE SIGNIFICA LEGADO

O dicionário Aurélio traduz a palavra “legado” da seguinte forma: “dádiva deixada em testamento; valor previamente determinado, ou objeto previamente endividado, que alguém deixa a outrem por meio de testamento”. No contexto da nossa lição, a palavra legado diz respeito a herança moral, ministerial e espiritual que o profeta Elias, deixou para o seu sucessor Eliseu, bem como também para todos os servos de Deus em todas as épocas.

II – QUAL FOI O LEGADO DE ELIAS

Elias como um profeta de Deus, deixou como legado seu exemplo de vida, seu caráter. O Aurélio define a palavra “caráter” como: “o conjunto de traços particulares, o modo de ser de um indivíduo; índole; natureza”. A Bíblia nos revela o caráter moral, ministerial e espiritual deste homem de Deus. Vejamos cada um deles detalhadamente:
Moral. Esta expressão diz respeito aos “princípios que regem a vida do ser humano, mostrando o que é certo e o que é errado” (ANDRADE, 2006, p. 270). Elias manteve-se íntegro num período de tanta apostasia sob o governo de ímpio rei Acabe e da maldosa Jezabel (I Rs 16.30,31). Ele mesmo descreve-se como um servo muito zeloso pelo Senhor (I Rs 19.10).
Ministerial. Já vimos que, Elias recebera de Deus o chamado para ser profeta (I Rs 17.1). O registro bíblico nos mostra que ele exerceu seu ministério como um verdadeiro mensageiro de Deus, pois anunciou que haveria seca sobre Israel, apoiado na Escritura, como sentença pela indiferença espiritual (Dt 28.23,24; II Cr 7.13); denunciou a idolatria de Acabe (I Rs 18.18); confrontou Acabe e os profetas de Baal e Aserá no Monte Carmelo a fim de erradicar a adoração ao ídolo e mostrar para Israel quem era o verdadeiro Deus (I Rs 18.19-40); e fez conhecida a injustiça cometida contra Nabote, pronunciando a sentença por este pecado (I Rs 21.17-24).
2.3 Espiritual. O profeta Elias se tornou uma referência espiritual. Ele é chamado diversas vezes de “homem de Deus” (I Rs 17.18,24; II Rs 1.6,9,11,13). Isto também porque as palavras proféticas que saiam da sua boca vinham da parte de Deus, porque tinha real cumprimento, eis algumas: (1) Elias profetizou que não choveria e não choveu (I Rs 17.1-b); (2) Em seguida anunciou que choveria e realmente choveu (I Rs 18.41,45); (3) falou a viúva de Sarepta que a farinha e o azeite da botija não faltaria e não faltou (I Rs 17.14-16); (4) Orou a Deus pela ressurreição do filho desta mesma viúva e ela asseverou: “...nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” (I Rs 18.24); (5) No monte Carmelo clamou por fogo e o fogo caiu sobre o altar (I Rs 18.36,38).

III – O REMANESCENTE FIEL NO TEMPO DE ELIAS

A grande apostasia no Reino do Norte durante o reinado de Acabe e as ameaças de Jezabel aos profetas de Deus, levou o profeta Elias, em sua fragilidade, algumas vezes, fazer declarações precipitadas, pensando ele que era o único servo de Deus que restara “...só eu fiquei por profeta do Senhor...” (I Rs 18.22). Confira também (I Rs 19.10,14). No entanto, a voz divina assegura ao profeta que havia um remanescente que não tinha se corrompido com a adoração a Baal (I Rs 19.18). Entre os sete mil adoradores verdadeiros, podemos citar o nome de alguns, vejamos:
Micaías. Havia no palácio de Acabe profetas falsos que comiam da mesa de Jezabel, e profetizavam apenas o que lhe agradava (II Cro 18.5; I Re 18.19). No entanto, existia também um profeta do Senhor, o seu nome é Micaias que significa: “quem é como Deus”. Ele era um mensageiro de Jeová que se opunha severamente a práticas do rei Acabe como este mesmo declara (I Rs 22.8). Ele se manteve fiel ao que Deus lhe mandava dizer (II Rs 22.14,28), apesar de lhe custar prisão, espancamento e privações (I Rs 22.24, 27).
Obadias. Seu nome significa “servo de Jeová”. Apesar de ser um “mordomo” do monarca Acabe (I Rs 18.3,5). Este homem, temia muito a Deus e aos homens de Deus (I Rs 18.7). Ele ajudou a ocultar os servos do Senhor a fim de que não fossem mortos por Jezabel (I Rs 18.13).
Eliseu. Seu nome quer dizer “Deus é salvação”. Sem dúvida alguma, para que Deus escolhesse Eliseu para ser sucessor do profeta Elias, ele deveria ser um servo fiel. Observa-se isso também pela sua atitude ao receber o chamado divino, quando obedeceu sem hesitar, despedindo-se deu seu pai e mãe, mostrando assim ser um bom filho (I Rs 19.20,21).

IV – A ESCOLHA, A FORMAÇÃO E A CAPACITAÇÃO DE ELISEU PARA PROFETA

Não resta dúvidas de que Elias exerceu um ministério extraordinário no Reino do Norte, pois ele foi responsável por ajudar o povo de Deus a manter a sua identidade espiritual, fazendo com que Israel pudesse testemunhar que só o Senhor é Deus. Contudo, assim como todos os homens levantados por Deus, seu ministério estava chegando ao final, por isso necessitava de um substituto. Para isso, Elias não agiu por conta própria, ele só o fez quando e como a voz divina lhe orientou a fazer, quando lhe disse: “...e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar” (I Rs 19.16). Diante da da ordem divina, Elias prontamente se dispôs a cumprir (I Rs 19.19). A maneira como Deus utiliza-se de Elias para separar Eliseu está registrada em (I Rs 19.19-21), este texto nos mostra pelo menos três aspectos da vocação divina, vejamos quais são:
Chamada. A palavra “chamar” no hebraico é “qãrã” que significa “chamar alguém, convidar, convocar”. O Senhor chama quem Ele quer, inclusive pessoas simples (Am 7.14; I Sm 16.11). Eliseu, por exemplo, trabalhava arando terra (I Rs 19.19-a). A escolha de Eliseu foi uma expressão da soberania do Senhor (I Rs 19.16), e ele a fez através de Elias (I Rs 19.19). A Bíblia registra que ao aproximar de Eliseu “...Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre ele” (I Rs 19.19-b). O manto de Elias era feito de peles de animais recobertas de pêlos. Usualmente era empregado o couro de cabra, com os pêlos do lado de fora.
Esse manto era parte distintiva das vestes de um profeta e o identificava como vidente (II Rs 1.8; Zc 13.4; Mt 3.4). Acreditava se que o poder espiritual era transferido ao profeta por meio do seu manto (II Rs 2.13,14). Naturalmente pensamos que isso era um ato meramente simbólico, mas nos tempos antigos as mantas dos profetas eram consideradas seriamente objetos de poder. (CHAMPLIN, 2001, p. 1445).
Formação. Apesar de receber a chamada de Deus, Eliseu não estava pronto. Ele precisava ser formado por Elias. A expressão “formar” do hebraico “yatsar” significa: “formar, moldar, modelar”. Como podemos ver, Eliseu não demorou para entender isso pois receber o chamado prontificou-se a seguir e servir o homem de Deus “...então se levantou e seguiu a Elias, e o servia” (I Re 19.21-b). Eliseu se tornou um servo e aprendiz de Elias. Ele tinha servido bem à sua família. Agora seria fiel e útil ao profeta. Daquele dia em diante Eliseu passou a andar junto de Elias, acompanhando passo a passo sua maneira de proceder (II Re 2.1-6) e servindo-o naquilo que era necessário, de maneira que quando alguém se referiu a Eliseu disse: “...aqui está Eliseu, filho de Safate, que derramava água sobre as mãos de Elias” (II Rs 3.11-b).
Capacitação. Ao andar junto de Elias, Eliseu percebeu que além da chamada que havia recebido e da formação que estava recebendo do profeta, era necessário algo mais: a capacitação. Por isso antes de ser tomado, num redemoinho aos céus, o profeta Elias perguntou-lhe o que ele queria que lhe fosse dado, e Eliseu respondeu: “...peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim” (II Re 2.9-b). Elias então disse a Eliseu que isto fora um pedido difícil, no entanto, seria concedido se ele o visse subir ao céu, o que aconteceu em seguida (II Re 2.10-12). Agora, o profeta Eliseu, ao pegar a capa de Elias, foi conferir se a capacidade divina de fato estava sobre ele, então deu com a capa no rio Jordão, que abriu ao meio imediatamente (II Re 2.14). Não foi necessário Eliseu dizer que estava capacitado, os filhos dos profetas reconheceram isso: “Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu.” (II Re 2.15-a).

V – O QUE PODEMOS APRENDER COM O CHAMADO DE ELISEU

Disponibilidade. Eliseu não recusou o chamado divino. Quando Elias lhe lançou a capa, ele se mostrou disponível “e correu após Elias” (I Rs 19.20-a). Ao recebermos o chamado divino devemos estar disponíveis seja para o que for. Tal qual o profeta Isaías diante do clamor divino, devemos responder: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8-b).
Renúncia. Apesar de ter um trabalho e de amar a sua família, Eliseu demonstrou estar disposto a renunciar o que fosse preciso para atender a convocação divina “Então deixou ele os bois, e correu após Elias; e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei” (I Rs 19.20-a). Tal como os discípulos de Jesus abandonaram suas redes de pescar e puseram-se a segui-lo (Mt 4.20). Esta deve ser uma característica de todo aquele que de modo semelhante recebe o chamado divino. Eliseu se desfez completamente daquilo que exercia antes de receber o chamado divino, mostrando-nos claramente que dali por diante sua tarefa era outra (I Rs 19.21).
Serviço. O chamado de Eliseu nos ensina que ao sermos chamados por Deus devemos estar dispostos a servir. Eliseu como aprendiz aprenderia a exercer o seu chamado servindo a Elias (I Rs 19.21). Deus prepara o homem que vai usar através de um homem que já é usado por Ele. A Bíblia cita exemplos dessa verdade, eis alguns exemplos: Josué foi preparado por Deus servindo Moisés (Êx 24.13; 33.11; Nm 11.28; Js 1.1); Samuel serviu a Eli (I Sm 2.11; 3.1); Timóteo servia a Paulo, a quem ele chama de filho (I Co 4.17; I Tm 1.2,18; II Tm 1.2; 3.14).

CONCLUSÃO
Elias, sem dúvida alguma, foi um homem extraordinariamente usado por Deus. Seu exemplo de vida, caráter e
ministério se constitui numa herança que o servo do Senhor deixou não somente para os seus contemporâneos, mas também para todos aqueles que são chamados por Deus para uma obra específica. A chamada de Eliseu por sua vez, nos ensina como devemos proceder ante o chamado divino.

REFERÊNCIAS
CHAMPLIN, R.N. Enciclopedia de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
GARNER, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA.

17/02/2013

CURIOSIDADE SOBRE A PÁSCOA




Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.

2Co 13.8



PÁSCOA?



Muitas pessoas esperam o famoso dia para receberem seus ovos de chocolate conhecidos como “ovos de páscoa”, do “coelhinho de páscoa”, e a expressão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?”, como será que surgiu esse termo usado na mídia e ensinado também nas escolas?

Essa breve nota tem como objetivo explicar o verdadeiro sentido da páscoa não defendendo o ponto de vista pessoal e sim bíblico, já que vivemos em meio uma geração “alienada pela mídia” carente do conhecimento da Palavra de Deus.



OBS.

Aberto a questionamento



Páscoa no Judaísmo

Segundo a Bíblia (Livro do EXODO), Deus mandou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Moisés que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da destruidor por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e o anjo passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.



Origem do nome



Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pesah, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito. Segundo e Bíblia a Páscoa é a Festa em que os israelitas comemoram a libertação dos seus antepassados da escravidão no Egito (Êx 12.1-20; Mc 14.12). Cai no dia 14 de NISÃ (mais ou menos 1 de abril). Em hebraico o nome dessa festa é Pessach. A FESTA DOS PÃES ASMOS.



ü  Ex 1 – 14 E falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo: Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa. Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; conforme o comer de cada um, fareis a conta para o cordeiro. O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães asmos; com ervas amargosas a comerão. Não comereis dele nada cru, nem cozido em água, senão assado ao fogo; a cabeça com os pés e com a fressura. E nada dele deixareis até pela manhã; mas o que dele ficar até pela manhã, queimareis no fogo. Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor. E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou o Senhor. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.



A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.

No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pesah. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.

Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Estremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do século VII. Porém, é importante mencionar que Ishtar é cognata de Inanna e Astarte (Mitologia Suméria e Mitologia Fenícia), ambas ligadas a fertilidade, das quais provavelmente o mito de "Ostern", e consequentemente a Páscoa (direta e indiretamente), tiveram notórias influências.



Páscoa Cristã (Catolicismo)



A Páscoa cristã celebra a Ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante da religião cristã. Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica, que é uma das mais importantes festas do calendário judaico, celebrada por 8 dias e onde é comemorado o êxodo dos israelitas do Egito, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.

A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus discípulos é narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pessach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.

A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. De fato, para entender o significado da Páscoa cristã atual, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar os antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. Ostera (ou Ostara) é a deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Deméter. Na mitologia romana, é Ceres.



Tradições pagãs na Páscoa



Na Páscoa, é comum a prática de pintar ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas; em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia e portanto, este é uma alusão a antigos rituais pagãos. A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação associados a deusa nórdica Gefjun.

A lebre (e não o coelho) era o símbolo de Gefjun. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada. Claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima.

A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade. Seus cultos pagãos foram absorvidos e misturados pelas comemorações judaico-cristãs, dando início a Páscoa comemorado na maior parte do mundo conteporâneo.



A última Páscoa. A Santa Ceia (Mt 26.17-30; Mc 14.12-26; Lc 22.1-23)

ü  Lc 22.7- 23 Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava sacrificar a Páscoa. E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para que a comamos. E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. E direis ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? Então, ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí fazei os preparativos. E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a Páscoa.

üE, chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos. E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de Deus. E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de Deus.

üE, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós. Mas eis que a mão do que me trai está comigo à mesa. E, na verdade, o Filho do Homem vai segundo o que está determinado; mas ai daquele homem por quem é traído! E começaram a perguntar entre si qual deles seria o que havia de fazer isso.

ü

Conclusão



Portanto para nós cristãos protestantes e conservadores da genuína doutrina bíblica não temos dúvida que a páscoa é um ensinamento da Palavra de Deus e o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo deu um novo sentido a esse termo, hoje celebrado mensalmente pelos servos como “Santa Ceia”.

Que Deus nos ajude e possamos nos basear nos Ensinamentos das Sagradas Escrituras para que os nossos pés estejam alicerçados até o Dia do Arrebatamento, ...e assim estaremos sempre com o Senhor...1Ts 4.17



Fonte:
Bíblia de Estudo Ilúmina Gold


16/02/2013

LIÇÃO 07 – A VINHA DE NABOTE - 1º TRIMESTRE 2013



 INTRODUÇÃO

Nesta lição, obteremos informações sobre o personagem bíblico Nabote e sua vinha. Veremos que este homem foi vítima da cobiça do ímpio rei Acabe que desejou ardentemente possuir a sua propriedade. Definiremos a palavra “cobiça” e destacaremos quais asconsequências que podem sobrevir aquele que permite ser inflamado por esse sentimento. Abordaremos ainda a maneira como Deus se pronunciou ante a estratégia de Jezabel com o consentimento de Acabe de apoderar-se do bem alheio, levando o proprietário e sua família a morte. E, por fim, analisaremos como Deus age ante as injustiças cometidas pelos homens.

I – QUEM ERA NABOTE E COMO ERA A SUA VINHA

A Bíblia nos dá poucas informações a respeito de Nabote, apenas nos diz que ele era um israelita temente a Deus e nos mostra o seu lugar de origem que era Jezreel. Portanto, ele era um jezreelita (I Rs 21.1). O nome próprio de Nabote deriva-se do árabe e quer dizer “rebento” ou “fruto”. A Bíblia nos informa que ele era proprietário de uma vinha. O Aurélio diz que “vinha” é a quantidade mais ou menos considerável de videiras (planta que dá uvas) dispostas aproximadamente entre si. A palavra hebraica para vinha é “kerem”, ela está distribuída ao longo do Antigo Testamento pelo menos 92 vezes. A primeira ocorrência está em (Gn 9.20). Em Israel era comum as pessoas plantarem vinhas, no entanto, a vinha de Nabote tinha características que conforme o relato bíblico a tornavam diferente das demais, vejamos alguns informações detalhadas sobre isso:
Estava junto ao palácio. Segundo a narrativa bíblica a vinha de Nabote estava localizada num lugar privilegiado, perto do palácio de campo de Acabe, pois o outro palácio ficava em Samaria “E sucedeu depois destas coisas que, Nabote, o jezreelita, tinha uma vinha em Jezreel junto ao palácio de Acabe, rei de Samaria” (I Re 21.1).
Estava pronta. Para se cultivar uma vinha era necessário bastante esforço. O profeta Isaías fez uma descrição vívida do trabalho envolvido no preparo, plantio e cultivo de uma vinha (Is 5.1-7). A “vinha” estava localizada nas rampas de uma colina (Is 5.1). A terra era limpa de pedras antes que as mais tenras vinhas fossem plantadas (Is 5.2). Uma torre de vigia provia visibilidade sobre a “vinha” (Is 5.2) e um lagar que é um local para esmagar as uvas que eram talhados de uma pedra (Is 5.2).
Quanto todos os preparativos haviam sido feitos, a “vinha” estava pronta e em alguns anos esperava-se que produzisse frutos.
Enquanto isso, a vinha exigia poda regular (Lv 25.3,4). As “vinhas” se localizavam principalmente na região montanhosa e nos montes mais baixos. A Bíblia menciona a “vinha” em Timna (Jz 14.5), Jezreel (I Rs 21.1) e até em En-Gedi (Ct 1.14).
Tinha valor. Para Nabote sua vinha tinha um valor significativo, que ultrapassava o dinheiro e até mesmo a troca por outra vinha melhor (I Rs 21.2), visto que a recebera como herança dos seus pais, como ele mesmo professa “Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais” (I Re 21.3). O Aurélio diz que herança é “bem, direito ou obrigação transmitidos por via de sucessão ou por disposição testamentária”. A vinha, no entanto, não era propriedade (herança) particular de Nabote, mas de sua parentela. É possível que Nabote fosse o homem mais velho da família ou aquele que cultivava a terra, mas nem por isso, podia tomar sozinho a decisão de trocar ou vender a propriedade. Ademais, a lei de Israel estabelecia que a herança não podia ser vendida, pois era considerado um dever manter em família a terra de seus ancestrais (Lv 25.25-28; Nm 27.1-11; Nm 36.7-9). Em casos de pobreza extrema, as propriedades podiam ser arrendadas, mas deviam ser devolvidas ao proprietário no ano do Jubileu (Lv 25.10,13,28).

II – A COBIÇA E OS MALES QUE A ACOMPANHAM

A Bíblia nos mostra que os pecados de Acabe não se resumiram ao casamento pagão e a idolatria. Este rei perverso também cometia injustiças sociais. Acabe cobiçou a vinha de Nabote e intentou adquiri-la. A palavra “cobiçar” no hebraico “epithumeõ” significa, “fixar o desejo em” (formado de epi, “sobre”, usado intensivamente, e thumos, “paixão”), quer de coisas boas ou ruins, por conseguinte, “almejar, desejar ardentemente, ambicionar”, é usado em (At 20.33) com o significado de “desejar mal”, acerca de “desejar dinheiro e vestuário”.
A cobiça a luz do Antigo Testamento. A Lei de Moisés condenava esse pecado, que aparece descrito no Decálogo (Dez mandamentos) “Não cobiçarás” (Êx 20.17). O texto deixa claro que coisa alguma pertencente a outrem, deve ser desejado. Foi motivado pela cobiça, que Acabe tentou adquirir as terras de Nabote a dinheiro ou em troca de um vinhedo melhor (I Rs 21.2).
Mas, como já vimos, Nabote recusou-se negociar, sob a alegação de que aquelas terras faziam parte da herança da sua família (I Rs 21.3). Acabe, embora com relutância e tristeza, já se dispunha a aceitar a decisão de Nabote (I Rs 21.4). No entanto, Jezabel sua ímpia esposa, não concordou com isso (I Rs 21.5-7). Por isso dispôs-se junto ao seu marido, realizar uma estratégia diabólica para apropriar-se da vinha de Nabote. A cerca da influência de Jezabel sobre Acabe o escritor sagrado nos diz:
“Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do SENHOR; porque Jezabel, sua mulher, o incitava” (I Rs 21.25).
A cobiça e seus males. Quase sempre, o desejo desordenado da cobiça provoca alguma ação para que o cobiçoso adquira o que quer, ou para que persiga o possuidor do objeto ou da pessoa cobiçados. O ímpio rei Acabe, é um exemplo clássico da cobiça e seus males. Para resolver a sua frustração de não ter conseguido possuir a vinha de Nabote, a rainha Jezabel escreveu uma carta com o selo do rei (para parecer que a correspondência fosse enviada por ele) aos anciãos e nobres daquela cidade onde Nabote morava. Nesta carta, Jezabel pediu que forjassem acusações contra Nabote (I Rs 21.8-10). Os anciãos transgrediram a lei (Êx 23.1-3), pois arranjaram dois indivíduos de mau caráter, possivelmente comprados pela rainha, acusaram Nabote de blasfêmia, o que seria suficiente para a execução dele (Lv 24.15,16). O terrível plano foi cumprido sem nenhum impedimento. Para que não houvesse dificuldades futuras com a herança de Nabote, ele e seus filhos foram apedrejados (II Rs 9.26). Perceba quais os males que seguiram a cobiça deste casal:
MENTIRA. Os anciãos resolveram atender aos intentos de Jezabel. Como podemos ver sempre há homens prontos a venderem seu testemunho por dinheiro a fim de que sirva aos maus propósitos daqueles que os alugam. “E os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade, fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que lhes mandara” (I Rs 21.11).
FALSO TESTEMUNHO. O veredito de morte já estava predeterminado, por Jezabel. Mas, era necessário elaborar um falso julgamento com um simples aspecto de justiça, para que, à vista do povo, desse a impressão de ser um julgamento leal, arranjou-se duas testemunhas, conforme pedia a Lei (Dt 17.6,7); mas eram falsas. “E ponde defronte dele dois filhos de Belial, que testemunhem contra ele” (I Rs 21.10-a).
ASSASSINATO. Por fim, a trama culminou na execução de Nabote, pois o levaram para fora da cidade e o apedrejaram. A injustiça estava claramente executada, pois Nabote foi executado por um crime que jamais cometeu “Então mandaram dizer a Jezabel: Nabote foi apedrejado, e morreu” (I Rs 21.14).

A cobiça a luz do Novo Testamento. A cobiça é alistada entre os pecados destacados por Paulo (Ef 4.19). Aparece na lista dos vícios dos povos pagãos (Rm 1.29). Apesar de não ser especificamente alistada entre as obras da carne (Gl 5.19-21), a cobiça é uma das causas de várias obras carnais, como o adultério, o ódio, as dissensões, etc., devendo ser incluída entre as “tais coisas” que Paulo mencionou, e que não permitem que uma pessoa chegue ao reino de Deus “...que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gl 5.21).

III – A MENSAGEM DE JUSTIÇA DO PROFETA ELIAS

Em vez de se contrapor a Jezabel que havia utilizado de sua autoridade, transgredindo a lei e ordenando a execução do de Nabote e sua família, o rei Acabe consentiu com os injustos atos de sua perversa esposa, a fim de apossar-se do objeto da sua cobiça, a vinha de Nabote, o que fez logo em seguida “E sucedeu que, ouvindo Acabe, que Nabote já era morto, levantou-se para descer para a vinha de Nabote, o jezreelita, para tomar posse dela” (I Rs 21.16). Todavia o que o casal tramara em oculto, o Deus de Israel estava para revelar. A Bíblia diz que o Senhor enviou o profeta Elias novamente para confrontar Acabe, dessa vez na vinha de Nabote (I Rs 21.17,18). O rei já havia recebido uma palavra de sentença de morte de um profeta desconhecido “a tua vida será em lugar da sua vida” (I Rs 20.42); também do profeta Micaías “...se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim” (I Rs 22.28); e por conseguinte por meio do profeta Elias que anunciou que Acabe morreria e que aconteceria com o seu corpo o mesmo que aconteceu com o de Nabote “No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote lamberão também o teu próprio sangue” (I Rs 21.19-b) e ainda acrescentou o castigo a cerca da sua mulher e da sua descendência (I Rs 21.23,24). O que aconteceu a seu tempo como fora predito (I Rs 22.34-38; II Rs 9.34-36; II Rs 10.1-10).

IV – COMO DEUS AGE ANTE AS INJUSTIÇAS

A partir da história de Nabote, podemos concluir que Deus não fecha os olhos as injustiças cometidas pelos homens,pois Ele é justo (Rm 1.17; 10.3; Jo 17.25; Sl 116.5; 2 Tm 4.8). A justiça é a santidade de Deus em ação, relativamente aos homens. Na sua justiça, Ele zela pelo cumprimento das suas leis e normas dadas aos homens. Na sua santidade e verdade, Deus não pode revogar a sua própria Palavra, nem a sentença imposta aos transgressores, porque elas são imutáveis como Ele o é, a menos que estes se arrependam e abandonem suas práticas pecaminosas. A justiça de Deus leva o homem, que vive deliberadamente em pecado, ao juízo divino (Dt 1.17). Quanto as injustiças Ele age com: IMPARCIALIDADE (sem fazer acepção de pessoas) (Dt 10.17; II Cr 19.7; Rm 2.11; Ap 20.12); JUSTIÇA (Êx 34.7; Nm 14.18; Na 1.3) e MISERICÓRDIA para aqueles que se arrependem, livrando-os da condenação (Jr 18.7,8; Jn 3.4-10; Jl 2.12-14; At 3.19; 17.31).

CONCLUSÃO

Concluímos dizendo que esta lição nos alerta a termos cuidado com a cobiça. Esse terrível sentimento não pode encontrar guarida no coração do salvo, do contrário poderá conduzi-lo a perdição. Aqueles que enveredam por esse caminho,receberão a devida recompensa, pois Deus julgará os segredos dos homens naquele Dia (Rm 2.16; I Co 14.25).


REFERÊNCIAS
CHAMPLIN, R.N. Enciclopedia de Bíblia Teologia e Filosofia. HAGNOS.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
ADEYEMO, Tokunboh. Comentário Bíblico Africano. MC
BERGSTEN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.
VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD.